18/fevereiro – Dia Nacional da Criança Traqueostomizada

Ambulatório de Especialidades do HB/HCM é referência no tratamento de crianças traqueostomizadas, que correm grandes riscos se não bem cuidadas

 

        Esta terça-feira (18/fevereiro), é o Dia Nacional da Criança Traqueostomizada, data instituída por lei para sensibilizar a sociedade – especialmente pais, responsáveis e profissionais de saúde – sobre a importância do cuidado especializado e do atendimento multidisciplinar a essas crianças. O objetivo é reduzir os riscos de complicações e óbitos, além de incentivar ações que garantam proteção e tratamento adequado.

        O Ambulatório de Especialidades do HB (Hospital de Base) e do HCM (Hospital da Criança e Maternidade), em Rio Preto, é um centro de excelência e referência no cuidado a crianças com traqueostomia, atendendo moradores de diversas cidades da região noroeste paulista, incluindo os de São José do Rio Preto.

        Em 2024, o HCM realizou a traqueostomia em 40 crianças. Este procedimento cirúrgico consiste na colocação de uma cânula na traqueia, facilitando a respiração. A traqueostomia é indicada em situações como intubação prolongada, malformações das vias aéreas, obstrução respiratória ou falhas de extubação, além de intervenções cirúrgicas, como as cardíacas e oncológicas.

        Devido à gravidade das condições dessas crianças, a assistência especializada é essencial para evitar complicações. O Ambulatório de Especialidades oferece atendimento completo e multidisciplinar, com a colaboração de médicos pediatras, otorrinolaringologistas, cirurgiões torácicos, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais capacitados para diagnosticar e acompanhar o tratamento das crianças que necessitam de traqueostomia.

        O caso do pequeno Levi, de 2 anos, exemplifica a importância desse cuidado. Filho de Samilly e Vinicius Tabata, de Votuporanga, Levi enfrentou problemas respiratórios durante o 1º ano de vida e foi diagnosticado com laringomalácia e estenose subglótica no Ambulatório de Especialidades. Após a cirurgia, ele passou a ser acompanhado regularmente pelos profissionais do HCM.

        “Muitas crianças permanecem com traqueostomia por meses ou até anos, e durante esse período, as famílias enfrentam grandes desafios. A aspiração da cânula, por exemplo, deve ser realizada várias vezes ao dia para evitar que o acúmulo de secreções prejudique a respiração”, explica a Dra. Claudia Pereira Maniglia, chefe do Serviço de Otorrinolaringologia Pediátrica do Hospital da Criança e Maternidade.

        A Dra. Mayra Bocoli, otorrinolaringologista do HCM, ressalta que o acompanhamento de uma equipe especializada é fundamental para evitar infecções locais, acidentes aspirativos e até obstruções das vias aéreas. “As crianças traqueostomizadas são pacientes de alto risco e exigem cuidados contínuos”, destaca.

        O Ambulatório de Especialidades do HCM também oferece suporte a famílias de todo o Brasil, como o exemplo da parceria com a CardioPedBrasil@, Centro do Coração da Criança do HCM, que atende crianças que necessitam de cirurgias cardíacas, e que podem também precisar de traqueostomia.

        Após a cirurgia, a orientação e o apoio da equipe multidisciplinar são fundamentais para que os pais enfrentem a ansiedade e a angústia do cuidado constante. “Muitas vezes, os responsáveis precisam se afastar de suas atividades e viajar longas distâncias para consultas, por isso, a equipe especializada é fundamental para sanar dúvidas e oferecer os cuidados necessários”, explica o Dr. Renan Freitas, otorrinolaringologista do HCM.

        Samilly, mãe de Levi, compartilha a experiência da família: “Somos muito bem atendidos no Ambulatório e no Hospital, onde vamos pelo menos uma vez por mês. Meu filho precisa de cuidados constantes para evitar doenças, como manter um ambiente limpo e realizar a aspiração de forma adequada. As orientações que recebemos foram essenciais para cuidar bem dele.”

        Para marcar o Dia Nacional da Criança Traqueostomizada, o Ambulatório de Especialidades promoverá uma reunião com pais e responsáveis, juntamente com médicos, enfermeiros, psicólogos e fonoaudiólogos, que fornecerão orientações detalhadas sobre os cuidados necessários para crianças traqueostomizadas. A ação conta com o apoio da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial) e da ABOPe (Academia Brasileira de Otorrino Pediátrica).

(Fonte: Assessoria de Imprensa Funfarme)