Neste sábado começou o I Encontro com Autismo em Rio Preto

    Com objetivo de esclarecer sobre o TETA (Transtorno do Espectro Autista), a Funfarme promoveu neste sábado (19/novembro), o I Encontro com Autismo para profissionais da saúde, familiares de autistas, pedagogos e acadêmicos no Centro de Convenções da Famerp. O evento contou com mais de 350 participantes.

     Dentre os temas abordados durante o encontro estiveram: autismo e transtorno do neurodesenvolvimento – classificação diagnóstica; Políticas Públicas e Autismo – direitos e leis; Genética do Autismo, dentre outros temas.

      Para a psiquiatra infantil, Dra. Simone Secco, o autismo é um dos transtornos do neurodesenvolvimento que causa mais impacto na vida das crianças e de seus familiares.
     “O rastreio para diagnóstico em crianças pequenas é hoje uma das prioridades para médicos, assim como o encaminhamento para as terapias apropriadas numa fase muito precoce, aproveitando a janela de neurodesenvolvimento dos primeiros anos de vida. O autismo parece durante os três primeiros anos da criança onde ocorre o desenvolvimento mais importante da nossa fase de desenvolvimento. Por isso a importância de educação continuada por meio de encontros como este”, disse Dra. Simone Secco.

     A neurologista infantil, Dra. Regina Albuquerque, ressalta a importância do diagnóstico precoce do TEA e da educação continuada entre os profissionais de saúde. “O diagnóstico precoce impacta sobremaneira no prognóstico ao longo do tempo. Precisamos aproveitar essa neuroplasticidade dos primeiros anos de vida para implementarmos as terapias adequadas e de qualidade. Por exemplo, sabe-se que 80% das crianças submetidas a terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada) irão melhorar seu nível de funcionamento durante toda a sua vida”.

     “Os maiores desafios para a família é encontrar médicos capacitados para fazer o diagnóstico. Na maioria dos casos, o diagnóstico pode e deve ser feito ao redor dos 18 a 24 meses de idade, para que possamos encaminhar essas crianças para as terapias para o TEA que tem evidências científicas”, ressaltou Dra. Regina.

     A Funfarme tem por objetivo neste primeiro encontro orientar, por meio de educação continuada, familiares a ficarem atentos aos sinais precoces do TEA, bem como procurar as terapias apropriadas, que são de direito de todas as crianças portadoras do transtorno. A mobilização da sociedade para incluir e dar suporte a todas essas crianças é importante, visto a prevalência e a necessidade urgente de serviços que sejam habilitados para o tratamento dos pacientes.

(Fonte: Gazeta  de Rio Preto)