Embaixada saudita silencia sobre joias a Bolsonaro e diz que aguarda posição do regime árabe
A Embaixada da Arábia Saudita tem silenciado sobre a entrada ilegal das joias que o regime saudita deu de presente ao então presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Desde sábado, o Estadão pede um posicionamento às representações internacionais, por e-mail e telefone. Foram contatadas tanto a chancelaria brasileira em Riade, capital da Arábia Saudita, quando a embaixada do regime árabe em Brasília. Não houve nenhuma resposta.
Nesta terça-feira (07/março), O Estadão esteve pessoalmente na Embaixada da Arábia Saudita, em Brasília, para tentar ouvir algum porta-voz sobre o assunto. Ao chegar ao local, enquanto estava na rua, a reportagem foi abordada pelos seguranças, equipes que ficam distribuídas dentro e fora do imóvel. Os funcionários não queriam que imagens fossem feitas do local, mesmo do meio da rua.
Depois de pedir para falar com algum representante do órgão, o segurança tomou os dados dos repórteres e pediu que aguardasse do lado de fora do prédio. Minutos depois, um funcionário identificado como Hamad Alex, responsável pelo departamento econômico da embaixada, veio até o portão.
Hamad disse que tinha conhecimento do caso das joias, mas pediu que o pedido de posicionamento fosse encaminhado a um terceiro e-mail, o que foi feito no mesmo momento.
“Normalmente tem que marcar um horário com o embaixador. Como vocês devem imaginar, ele tem muitos compromissos. Não é a pessoa chegar e falar, mas manda o e-mail e a gente responde”, afirmou.
(Fonte: Estadão/br.msn)