Policial aposentado é encontrado morto em canavial de Indiaporã; quatro são presos suspeitos de participar do crime

    O cabo aposentado da Polícia Militar Jovelino Franco de Camargo, 70 anos, foi morto após cobrar a mulher, de 39 anos, com quem mantinha um relacionamento, e o filho dela, de 20 anos, sobre o desaparecimento de R$ 3 mil. A afirmação é do delegado Thiago Freitas Silva Neto, que conduz as investigações. Mãe e filho, e dois comparsas, foram presos pelo crime.

     O PM, que estava desaparecido desde o dia 18/março, foi assassinado a golpes de marreta em um dos cômodos da casa da mulher suspeita do crime, em Indiaporã (SP). O corpo foi ocultado em canavial na zona rural da cidade. Em depoimentos, mãe e filho trocam acusações sobre autoria do homicídio.

     Depois da morte da vítima, mãe e filho tiveram ajuda de mais dois homens, de 20 e 22 anos, amigos da família, para enterrar o corpo. Todos foram presos horas depois de ter sido descoberto o corpo.

     “Primeiramente, o filho assumiu a autoria (em depoimento), depois mudou de ideia, dizendo que foi a mãe, mas o certo é que os quatro fizeram a ocultação do corpo”, diz o delegado.

     Morador de Ouroeste, Jovelino estava desaparecido há mais de 10 dias, quando o seu filho, que mora em Votuporanga, perdeu totalmente o contato com o pai, que morava sozinho. Ele começou a desconfiar de que algo de errado tinha acontecido depois de encontrar a casa do aposentado com uma das portas abertas. Também tinham desaparecido os seus veículos, um Fiat Uno, um Fiat Siena e uma moto, além de parte de seus pertences como um televisor de 60 polegadas, dinheiro e arma de fogo.

     Policiais militares conseguiram acesso a imagens de câmeras de segurança residenciais da rua e visualizaram duas pessoas em uma motocicleta, indo em direção à casa do policial. Minutos depois, um deles foi embora em uma moto, enquanto o outro saiu dirigindo o Fiat Siena da vítima, segundo as imagens.

     O crime começou a ser esclarecido após um dos veículos da vítima, o Fiat Uno, ser anunciado em uma rede social por uma pessoa que não tinha relação com o caso. Ele disse que obteve o veículo por meio de uma troca por uma moto, entregue para um rapaz de Indiaporã.

     Depois de ser detido pela PM, o rapaz com a moto confessou ter ajudado a ocultar o corpo do cabo, mas negou ter participado do assassinato. Além disso, indicou o local em que o corpo foi enterrado.

     O corpo do cabo foi encontrado já em estado de decomposição. O cadáver vai passar por exame pericial, para determinar em quais condições de saúde ele estava ao ser atingido pelos golpes de marreta.

     O delegado Thiago solicitou a prisão preventiva das quatro pessoas, mas a decisão ainda não foi tomada pela Justiça. Enquanto isso, eles estão presos temporariamente. O quarteto vai responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os advogados dos quatro acusados não foram encontrados para prestar depoimento.

(Fonte: Diário da Região)