Jovem que matou mulher para vingar a morte da mãe vai a júri em Nova Granada

     Uma tese pouco explorada em Tribunal do Júri na região de Rio Preto será aplicada nesta quinta-feira (13/abril), durante o julgamento de um rapaz que matou uma mulher em Nova Granada para vingar o assassinato da mãe. Os advogados Priscila Furlaneto e Diego Carretero vão pedir aos jurados a absolvição por “clemência” do réu Matheus Henrique Miranda Schaffauser, de 22 anos, acusado de homicídio duplamente qualificado.

     O Supremo Tribunal Federal decidiu que o júri pode absolver o réu por sentimento de pena, independentemente das provas de autoria e materialidade.

     O crime em questão tem relação com um assassinato de grande repercussão na região. O réu Matheus é filho de Edilamar Pires Miranda, que foi morta pelo companheiro em agosto do ano passado e teve o corpo enterrado no quarto da residência onde morava (foto). As investigações apontam que Gislaine Torres de Oliveira teria auxiliado Clayton Bueno de Souza, que está foragido.

     Menos de um mês depois do feminicídio, Gislaine foi morta com dois tiros em Nova Granada.

(Fonte: Diário da Região)

Atualizado 13/abril/2023 – 20h20

 

Júri absolve jovem

 

     O Tribunal do Júri absolveu nesta quinta-feira (13/abril), o jovem de 22 anos que matou uma mulher para vingar o assassinato da mãe, em Nova Granada.

     Os jurados acataram totalmente a tese dos advogados Priscila Furlaneto e Diego Carretero, que pediram a absolvição de Matheus Henrique Miranda Schaffauser por “clemência”, ou seja, o perdão pelo sentimento de pena ou dó, independentemente das provas de autoria e materialidade do crime.

     Matheus foi acusado de homicídio duplamente qualificado por matar Gislaine Torres de Oliveira, que teria ajudado Clayton Bueno de Souza a matar e esconder o corpo de sua mãe, Edilamar Pires Miranda.

      Adilamar foi morta a tiros por Clayton, com quem tinha um relacionamento, em agosto/2022. Depois, o corpo da vítima foi enterrado no quarto da residência onde ela morava. As investigações da Polícia Civil apontaram a participação de Gislaine no crime.

     Menos de um mês após a morte de Edilamar, Gislaine foi morta com dois tiros em Nova Granada. Na ocasião, Matheus e o irmão, de 16 anos, foram detidos em flagrante e confessaram o crime.

     O menor foi internado na Fundação Casa, onde cumpre medida socioeducativa. Já Matheus ficou preso até a data do júri, nesta quinta-feira (13/abril). Ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

     A defesa, porém, apresentou testemunha de que Gislaine se vangloriava na cidade, dizendo que havia matado Edilamar e ajudado a enterrá-la.

     “Os filhos já sofriam com o luto da perda da mãe e ainda tinham que suportar as provocações da vítima. Assim como um pai mata o estuprador impelido por sentimento de injusta provocação, o mesmo ocorre no caso em questão”, sustentou a advogada Priscila.

(Fonte: Diário da Região)