Preso por matar e enterrar mulher em quarto em Nova Granada nega assassinato à polícia

O caso foi registrado em Nova Granada, em agosto/2022, e homem foi localizado após cerca de oito meses em Guapiaçu (SP). O suspeito disse à polícia que não sabia que estava sendo procurado pela Justiça.

 

     O caso que virou polêmica nacional sobre o homem preso por matar e enterrar o corpo da ex-companheira dentro do quarto de uma casa em Nova Granada negou o assassinato à polícia e disse que soube do crime pela televisão. O caso ocorreu em agosto/2022.

     Clayton Bueno de Souza foi interrogado nesta quarta-feira (26/abril), de forma online, pelo delegado responsável do caso, Ericson Salles Abufares.

     À polícia, Clayton informou que em 2019 conheceu a vítima, Edilamar Aparecida Pires Miranda, quando estavam presos, ela em uma penitenciária em Tupi Paulista (SP) e ele em Marília (SP).

     O suspeito ainda disse à polícia que não sabia que estava sendo procurado pela Justiça. Ele foi encontrado e preso pela equipe no dia 16/abril deste ano, após oito meses do crime, no banco da Praça da Matriz, em Guapiaçu (SP).

     Na sequência, o criminoso foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preo, onde permanece preso.

O corpo de Edilamar Aparecida Pires Miranda foi encontrado pela sua mãe em uma espécie de cova, no dia 24/agosto, em Nova Granada. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada e constatou que o portão da residência da casa onde a vítima morava foi arrombado. Em um dos quartos havia uma cômoda em cima de um tapete e, no local, foi encontrada uma espécie de cova.

     Com uma pá, a equipe localizou o corpo de Edilamar Aparecida Pires Miranda. Segundo o relato da mãe à Polícia, a filha estava desaparecida havia oito dias.

     De acordo com a Polícia Militar, várias pedras de naftalina foram localizadas na soleira da janela para disfarçar o odor do corpo. Na varanda havia baldes e uma sacola com terra.

     Os bombeiros foram acionados para retirar o corpo, que foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).

     O ex-marido da vítima não foi localizado e Clayton Bueno de Souza passou a ser procurado pela polícia.

     Durante a investigação, testemunhas foram ouvidas, menos Gislaine Torres de Oliveira, que estava com o suspeito dias antes do crime e era apontada como uma das responsáveis pela morte de Edilamar. Gislaine  foi assassinada pelos filhos da vítima após o crime

     “O que me atrapalhou neste inquérito é que iríamos ouvir a mulher que estava com o suspeito, mas os filhos da vítima mataram essa testemunha. Foi outro homicídio relacionado a este”, disse Ericson Abufares, delegado que investigou o caso.

     O suspeito de matar a testemunha foi preso, mas acabou absolvido pelo Tribunal do Júri por “clemência”, no dia 13/abril. Ele estava preso desde o ocorrido no CCDP (entro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto (SP), mas foi liberado após o término do julgamento.

(Fonte: G1 São José do Rio Preto e Araçatuba)