Bombeiro é condenado a 12 anos de prisão por atirar em atendente do McDonald’s e pagará R$ 100 mil à vítima

     O bombeiro Paulo César Albuquerque, 40 anos, foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado pela tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. O crime ocorreu em maio/2022, durante uma discussão em uma unidade do McDonald’s na Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

     A sentença foi lida na noite dessa quinta-feira (27/julho) pelo juiz Gustavo Kalil, que presidiu a sessão realizada no Fórum Central da cidade.

     Naquele dia, Albuquerque estava no drive-thru do restaurante e solicitou um desconto de R$ 4 em seu pedido. O atendente, Mateus Domingos Carvalho, 21 anos, explicou que não poderia fazer o desconto, o que deixou o bombeiro irritado. Em um ato de agressão, Albuquerque quebrou a proteção de acrílico e deu um soco em Mateus. Diante da agressão, Mateus reagiu e o confronto físico teve início. Foi quando o bombeiro sacou uma arma e atirou no jovem. A bala atingiu o rim esquerdo e o intestino grosso de Mateus, que, por sorte, sobreviveu, mas precisou passar por cirurgias e ainda sofre com as consequências do crime.

     O juiz Gustavo Kalil considerou que Albuquerque agiu com dolo eventual, ou seja, assumiu o risco de matar Mateus. Além da pena de prisão, o juiz determinou que o bombeiro pague uma indenização de R$ 100 mil por danos morais à vítima.

     Por sua vez, o acusado alegou que o tiro foi dado de forma acidental, justificando seu ato pelo consumo de bebida alcoólica, uso de remédios controlados, problemas pessoais e uma suposta ofensa homofóbica por parte de Mateus.

      Desde o dia 20/maio/2022, Albuquerque teve sua prisão preventiva decretada e permanece em uma unidade prisional do Corpo de Bombeiros. O juiz Gustavo Kalil optou por manter a prisão do condenado e decretou a perda de seu cargo como bombeiro, medida que será efetivada após o trânsito em julgado da sentença, ou seja, após o esgotamento de todos os recursos legais.

(Fonte: Gazeta Brasil)