PF intima Bolsonaro a depor sobre o caso dos empresários acusados de defender golpe de Estado
A PF (Polícia Federal) intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a prestar depoimento no inquérito sobre empresários que teriam tramado um golpe de Estado em mensagens de WhatsApp. O depoimento está previsto para o dia 31 deste mês.
A PF encontrou no celular do empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, uma mensagem que seria do ex-presidente incentivando a disseminação de fake news sobre o processo eleitoral. A mensagem diz: “O ministro Luís Roberto Barroso está tentando interferir no processo eleitoral. Repasse ao máximo!”
“Já repassei para vários grupos. Abraços de Veneza!”
A defesa de Nigri nega irregularidades. “Nós vamos aguardar o desenvolvimento das investigações. Nós temos absoluta certeza de que ele não praticou crime algum contra o Estado democrático de Direito”, afirma o advogado do empresário, Alberto Toron.
A mensagem foi encontrada durante a investigação da PF sobre um suposto golpe de Estado arquitetado em um grupo de WhatsApp. O grupo investigado reunia empresários de diversas partes do País a pretexto de apoiar a reeleição do então presidente Bolsonaro.
Na última segunda-feira (21/agosto), o ministro Alexandre de Moraes arquivou ação contra seis dos empresários, mas Meyer Nigri e Luciano Hang, da Havan, continuam sob investigação. Na decisão, Moraes considerou que “a investigação carece de elementos indiciários, restando a patente ausência de justa causa” contra os seis empresários.