IR Lucy Montoro promove palestras sobre capacitismo em alusão ao Dia da Pessoa com Deficiência

    O Dia da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21/setembro, é uma data de mobilização e conscientização para inclusão social de Pessoas com Deficiência. Pensando nessa temática, o IR (Instituto de Reabilitação) Lucy Montoro, de São José do Rio Preto, promoveu nesta terça-feira (26/setembro), uma série de palestras sobre o tema ‘Capacitismo, a mentira que contaram sobre a deficiência’.

       O evento foi realizado no Centro de Convenções da Famerp e reuniu profissionais de diversas áreas com algum tipo de deficiência. O objetivo foi mostrar aos convidados que é possível exercer profissões como dentista, advogado, economista e até mesmo se tornar um atleta sendo uma Pessoa com Deficiência.

      “Nosso intuito foi o de incentivar nossos pacientes e demais Pessoas com Deficiência, além do público em geral, de que é possível desenvolver diversas funções sendo deficiente, que todos eles podem ser o que eles quiserem, independentemente de suas condições atuais. Para além disso, fomentar a discussão na sociedade sobre o capacitismo, mostrando que essas pessoas são normais, assim como cada um de nós, com os mesmos direitos e que merecem o mesmo respeito e atenção”, ressalta Dra. Regina Chueire, diretora no Lucy Montoro de Rio Preto.

      Dona Emília Maria Martins, que já passou por tratamento no Lucy, e é economista por formação, apresentou sua palestra como prova de que é possível atuar profissionalmente como qualquer outra pessoa.

       “O Lucy Montoro é um lugar de acolhimento e renovação. Lá eu me sinto renovada e só o fato de estar aqui falando para as pessoas reafirma o que eu sempre penso, que os deficientes são sim capazes de muitas coisas. Ser deficiente não significa que a vida acabou. Esse evento também é uma questão de luta, das pessoas olharem para nós com um olhar de inclusão e não de exclusão, O deficiente é um cidadão de direito, que vota, que pode ser votado, que tem direito à educação, à cultura, ao trabalho e precisa estar inserido no mundo como qualquer outra pessoa”, disse Emília Maria.

       E quando o assunto é renovação e superação, a paciente Melissa Catine entende bem. Ela sofreu um AVC, passou por tratamento no instituto e hoje fez questão de participar do evento.

      “Estou sempre com o pensamento positivo. Se enfrento alguma barreira, alguma dificuldade, tento não ficar triste, nem chateada. Eu comecei a reabilitação em uma cadeira de rodas, numa situação bem crítica e agora estou bem melhor. Acredito que milagres acontecem, porque eu sou um exemplo disso. Quando fiquei internada, os médicos falaram que eu não iria sobreviver e se sobrevivesse, iria ficar em estado vegetativo, mas estou aqui. Nós temos uma deficiência que é física, mas não mental e separar esses assuntos é muito importante”, frisou Melissa.

 Feirinha de artesanato inclusiva

      Além das apresentações e palestras, o evento contou com uma feirinha de artesanato com itens produzidos e confeccionados por alunos do projeto Emprego Apoiado, iniciativa que tem por objetivo principal preparar e capacitar pacientes em reabilitação para o mercado de trabalho.

       Dentre as peças produzidas pelos artesãos estavam porta vinho, tábuas de carnes, quadros decorativos, casinha de passarinho, pano de prato, entre outros.

      Todo o dinheiro arrecadado será revertido para o próprio projeto.

Sobre o Lucy Montoro

     O instituto de reabilitação Lucy Montoro conta com 65 profissionais em equipe multidisciplinar com: médico fisiatra, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, além de técnicos ortésicos que fazem ou adaptam os equipamentos utilizados pelos pacientes.

      Nesses 12 anos de atuação, o Lucy realizou 450 mil atendimentos nos mais de 13 mil pacientes que foram triados pela instituição.

     Além de dispensar mais de 19 mil equipamentos entre órteses, próteses, cadeiras de rodas, cadeiras de banho, andadores, muletas, etc. E somente durante a pandemia da covid-19, o centro de reabilitação realizou 12.189 teleatendimentos.

(Fonte: Alexandre HB -Assessoria De Imprensa)