Estadão sente a baforada da censura petista no cangote
Desde o princípio, eu sabia que trilhar o caminho do jornalismo sendo cristã e conservadora, especialmente em um país que respira socialismo, seria um grande desafio. Consciente dos obstáculos que me aguardavam, do alto dos meus 1,56m de altura, respirei fundo e decidi enfrentar esse percurso repleto de curvas, espinhos e pedras pontiagudas.
Em pouco tempo, experimentei todo tipo de ataques vindos da esquerda, incluindo agressões físicas dentro do Centro Cultural da UFMG, por militantes do PC do B (Partido Comunista do Brasil) em 2017, conforme documentado pelo meu colega Rodrigo Constantino. Posteriormente, contei com o apoio solidário da ABRAJI (Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos) diante de sérias ameaças à minha integridade física e ao jornalista Allan dos Santos. Preciso destacar que, apesar da violência que sofri, não pude contar com o apoio das feministas defensoras do lema “mexeu com uma, mexeu com todas”. Pelo contrário, na época, militantes defenderam que as agressões em bando contra mim eram justificáveis, afinal eu seria claramente uma jornalista “fascista” e, como conservadora, não me enquadro na lista de mulheres que merecem proteção contra a violência.
Mesmo familiarizada com a violência proveniente dessa gente e decidida a prosseguir com meu trabalho apesar das importunações recorrentes, jamais poderia antever que enfrentaria um cancelamento nacional que me exporia no horário nobre do Jornal Nacional. Cancelamento resultado do exercício da minha liberdade de imprensa, quando o Estadão, que atualmente está experimentando o sabor amargo da perseguição, como discutiremos daqui a pouco, utilizou de todo o seu peso como o principal jornal do país para me rotular como uma “produtora de fake news”. Isso ocorreu após uma denúncia internacional, republicada no extinto Terça Livre, do qual fiz parte por cinco anos, envolvendo uma repórter do próprio veículo de comunicação e o suposto recebimento de documentos sigilosos da COAF, conforme relatado pela própria repórter em áudios obtidos pelo jornalista francês Jawad Rhalib – e publicado no jornal americano Washington Times.
Caso não tenha acompanhado esse caso, convido-o a conferir os detalhes aqui, pois hoje discutirei o impacto da censura que essa mesma mídia que me cancelou e tentou destruir a minha reputação naquela ocasião, e tem perseguido tantas outras pessoas ao longo dos últimos anos, está enfrentando neste momento.
O bafo quente do “cale-se” no pé do ouvido fez arrepiar os pelos de muitos jornalistas que, até recentemente, celebravam efusivamente a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Este homem, segundo seus fiéis seguidores, dentro e fora das redações, seria o responsável por trazer de volta o amor à esfera nacional, dissipando todo o ódio atribuído aos malvados conservadores nos últimos anos. Uma das maiores piadas que já ouvi.
Para a surpresa de meia dúzia de iludidos, a censura, anteriormente direcionada aos jornalistas independentes que se recusavam a seguir a cartilha da esquerda, agora alcançou o poderoso Estadão. O jornal, em uma de suas raríssimas incursões no jornalismo investigativo de qualidade, denunciou que representantes do regime Lula, incluindo o ministro da “Justiça” e Segurança Pública, Flávio Dino, receberam a figura controversa de Luciane Barbosa Farias, apontada pelo jornal como a “dama do tráfico amazonense”. A matéria, veiculada em 14/novembro, detalha que Luciane é acusada de ser o “braço financeiro da facção Comando Vermelho” e é casada há 11 anos com “o traficante Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas”.
A repercussão do escândalo foi imediata. Em questão de horas, imagens de Luciane ao lado de autoridades ligadas à esquerda e ao regime lulista começaram a circular nas redes sociais. Deu-se início a uma verdadeira guerra de narrativas entre Estadão, PT e seus “cumpanheiros”. Segundo O Globo, no começo deste mês, Luciane, que foi condenada em 2ª instância a 10 anos de prisão por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, esteve em Brasília com as despesas pagas pelo Ministério dos Direitos Humanos. O circo foi aumentando à medida que novas denúncias surgiam sobre o caso.
(Fonte: Gazeta Brasil)