Com um placar final de 6 votos contrários, um favorável, três abstenções e seis ausências, a moção de aplausos ao empresário Elon Musk, dono da rede social X, antigo Twitter, foi rejeitada pela Câmara de São José do Rio Preto.

        Somente Anderson Branco (Novo), autor da moção, foi a favor da própria proposta.

        Branco afirma na moção que o bilionário teve coragem de expor supostas tentativas de censura praticadas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. “O empresário Elon Musk tem exposto através de atos de coragem, supostas tentativas de censura propostas em especial pelo Supremo Tribunal Federal, sendo ao que parece em tese ter objetivo único e exclusivo de coibir, calar e censurar a população”, argumentou o vereador.

        O documento diz também que “há nitidamente uma invasão de poderes por parte do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral], tendo em vista que não se sabe mais qual a competência destes poderes para investigar e julgar a população, certo que o STF deve ser o guardião da Constituição Federal e ter competência exclusiva para tanto, contudo, em tese atualmente se envolve nas mais variadas questões, ao que parece fugir de sua competência”.

        Para o vereador Pedro Roberto (Republicanos), a Câmara de Rio Preto deveria estar debatendo os problemas da cidade. “Deveríamos aqui estar falando do empréstimo que o município quer para ir buscar água no Rio Grande, sobre o meio ambiente, e não falando de um bilionário que desafia as instituições brasileiras”, afirmou ao votar contra.

        Renato Pupo (Avante) também votou contra o documento e acrescentou que “não existe o tal ‘Brasil acima de todos’ que bate palma para estrangeiro. Este homem está contribuindo para a anarquia no país porque desrespeita a Justiça Brasileira”.

        Outro que também foi contrário e justificou o voto foi Jorge Menezes (PSD). “Acredito que este tipo de moção não acrescenta em nada para a cidade. Somente por isso sou contra”.

        Além de Pedro Roberto, Pupo e Jorge Menezes, que justificaram o voto, foram contra ainda os vereadores Bruno Moura (PRD), João Paulo Rillo (PSOL) e cabo Júlio Donizete (PSD). Estavam ausentes Rossini Diniz (MDB), Bruno Marinho (PRD), Celso Peixão (MDB), Claudia de Giuli (MDB), Karina Caroline (Podemos) e Francisco Júnior (União Brasil). As abstenções são de Odélio Chaves (Podemos), Robson Ricci (PSD) e Jean Charles (MDB).

        Com a reprovação da moção, o documento foi arquivado.

(Fonte: Gazeta de Rio Preto)