Um caso que parou o país em janeiro/2019, teve seu ponto final na quinta-feira

        Na quinta-feira (25/abril) aconteceu o Júri do caso que aconteceu em janeiro/2019, em São José do Rio Preto, um fato polêmico em todo o Brasil, quando Cícero Weldo Gomes matou estrangulada a ex-esposa Juliana Landin Simão Gomes Lima, de 37 anos, onde o réu teve uma pena de 30 anos de prisão em regime fechado.

        O Tribunal do Júri condenou Cícero Weldo Gomes por homicídio quadruplamente qualificado do crime que aconteceu a cinco anos atrás; advogado de defesa informou que vai recorrer da decisão.

        O homem acusado de matar a ex-mulher estrangulada, encontrada com a boca amordaçada e os pés amarrados.

        Conforme a sentença, da juíza, Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira, Cícero Weldo Gomes foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel, mediante asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

        Para a TV TEM, por telefone, o advogado de defesa do réu, Gustavo Cipullo Nesteruk Moreira, disse que não concorda com a sentença e vai recorrer da decisão.

        De acordo com a juíza, “o réu agiu com extrema violência, perversidade e covardia, com total desprezo à dignidade da vida humana. É de se ressaltar nesta fase o elevado grau de reprovabilidade de sua conduta, na medida em que, ao ceifar a vida da vítima de forma covarde ainda a submeteu ao macabro cenário assustador”.

        O corpo de Juliana Landin Simão Gomes Lima, de 37 anos, foi encontrado no dia 18/janeiro/2019 em um prédio na Rua Teodoro Del Monte, atrás do Hospital de Base, no bairro São Manoel, em Rio Preto. Cícero foi preso no mesmo dia, em Buíque (PE), ao tentar fugir com o carro do casal.

        A denúncia do Ministério Público foi aceita pela Justiça em maio daquele ano. De acordo com o promotor de Justiça, Marcos Antonio Lelis Moreira, Cícero e Juliana tiveram um relacionamento por 10 anos e possuem uma filha, hoje com 10.

        A vítima pediu o divórcio após descobrir as traições do réu, mas ele não aceitou a separação e se recusou a sair de casa. No dia do crime, ele entrou no quarto, onde Juliana dormia, amarrou as mãos e boca com fita adesiva e os pés com o ‘enforca gato’. Em seguida a estrangulou.

        Juliana morreu no local. Cícero ainda colocou diversos porta-retratos com fotos do casal ao lado do corpo da ex-esposa, bem como bonecas de noiva com a cabeça arrancada. Na sequência, ele roubou o celular dela e fugiu para Pernambuco.

        Ainda conforme a Justiça, Cícero premeditou o crime ao trocar os pneus do carro dele para fugir, retirando mais de R$ 4 mil em dinheiro do banco. O acusado se passou pela vítima durante conversas com familiares pelo WhatsApp para tentar esconder o desaparecimento dela.

        O corpo só foi encontrado porque a vítima era enfermeira no HB (Hospital de Base) e, como não apareceu para trabalhar, os parentes acharam estranho o sumiço. Cícero está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Rio Preto.

(Fonte: G1 São José do Rio Preto e Araçatuba)