Corpo de médica morta em queda de avião em Vinhedo é velado em Fernandópolis

        Está sendo velado na Primeira Igreja Batista de Fernandópolis (SP), o corpo da médica Arianne Albuquerque Esteval Risso, morta aos 34 anos na sexta-feira passada (09/agosto) na queda do avião da Voepass em um condomínio de alto padrão, em Vinhedo (SP). O enterro será neste sábado (17/agosto), às 15h00, no cemitério municipal.

        Familiares, amigos e a comunidade cristã se despedem de Arianne, que fazia residência em oncologia e estava em Cascavel (PR) para participar de um congresso. Diversas coroas de flores tomaram o espaço da igreja – uma demonstração do carinho que todos sentiam por ela.

        Para a despedida, foi feita uma programação especial com momentos de oração, leitura da Palavra, louvores de adoração e pregações ministradas pelos pastores Kinyar e Marcelo.

        Leonardo Risso, de 35 anos, marido da médica, disse em entrevista para uma emissora de televisão, que Arianne “era a pessoa mais amável e bondosa do mundo”. O casal tinha planos de ter filhos após a conclusão da residência, mas o sonho foi desfeito no acidente aéreo que matou as 62 pessoas que estavam a bordo no avião. O acidente chocou o Brasil e o mundo.

        Os sogros da vítima confortam o filho no momento de dor.

        Fátima Albuquerque, que já tem o rosto conhecido nos veículos de comunicação por dar entrevistas exigindo respostas e melhorias nas aeronaves, é mãe de Arianne.

        Com o coração despedaçado e a força que só uma mãe pode ter, ela vela o corpo de sua única filha. ‘Menina’ que ela educou com muito amor, ensinou a amar o próximo, ensinou os valores importantes a serem seguidos na vida, incentivou nos estudos e esteve ao lado durante todos os momentos e etapas, sendo desafiadores, tristes e de alegria também.

        Agora, sem seu único amor, Fátima está em pedaços, mas continua uma fortaleza. Também em entrevistas, ela ressaltou que jamais vai parar de lutar pela filha. “Não vou me calar. Essas pessoas têm nome, têm história, e eu preciso lutar pela minha única filha, que eu perdi. Agora é um vazio. […] Isso não foi fatalidade. Foi culpa da ‘voemorte’, foi culpa da ganância humana”, afirma. “Aquilo não era um avião, era uma lata velha. Foi uma tragédia anunciada”, disse.

        Outras 61 mães, pais, filhos, amigos e parceiros, todos que tiveram suas vidas marcadas por cada uma das vítimas também esperam respostas e buscam tirar do íntimo a mesma força de Fátima.

        Dra. Arianne deixa saudade.

(Fonte: Gazeta de Rio Preto)