Quadrilha de fraudes no Banco do Brasil causou prejuízo de R$ 40 milhões e ofereceu R$ 200 mil a funcionária
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o MPRJ (Ministério Público) seguem desmantelando uma quadrilha especializada em fraudes bancárias que causou um prejuízo de R$ 40 milhões ao Banco do Brasil. O esquema envolvia o acesso ilegal a sistemas internos da instituição para desviar dinheiro de clientes.
Em um dos episódios investigados, um dos membros da organização criminosa ofereceu R$ 200 mil a uma gerente de banco para que ela fornecesse sua senha e permitisse o acesso ao sistema. O aliciador propôs: “Aceitaria fazer um trabalho? Pago 200 mil na sua senha”, ao que a bancária respondeu: “Obrigada, não tenho interesse”.
O caso é parte de uma série de investigações que começaram em julho, quando a Polícia Civil e o MPRJ iniciaram uma operação contra o bando que operava de forma organizada, recrutando funcionários e terceirizados do Banco do Brasil para facilitar o acesso aos dados sigilosos dos clientes. O grupo tinha uma estrutura hierárquica bem definida, com divisão de funções específicas: aliciadores, aliciados, instaladores de dispositivos, operadores financeiros e chefes que coordenavam a ação.
Nessa quinta-feira (21/novembro), uma nova fase da operação resultou no cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados. Entre os alvos, estavam funcionários do banco e terceirizados, incluindo um casal que foi surpreendido enquanto dormia.
Os ataques foram identificados em várias agências do Rio de Janeiro, incluindo locais no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca e Vila Isabel, além de unidades em Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
A quadrilha usava um método de “hackeamento” para instalar dispositivos nos sistemas de cabeamento dos bancos, permitindo que transferências fraudulentas fossem feitas diretamente de contas de clientes para contas controladas pelos criminosos.
Em fases anteriores da operação, foram feitas prisões de membros da quadrilha, incluindo um gerente de Mato Grosso, um funcionário de TI e terceirizados envolvidos no esquema.
O Banco do Brasil, por meio de nota, informou que as investigações começaram após detecção interna de irregularidades nos sistemas da instituição. O banco reafirmou que adota processos rigorosos de monitoramento e apuração de fraudes e está colaborando ativamente com as autoridades para que os responsáveis sejam identificados e punidos.
(Fonte: Gazeta Brasil)