Professor de Jiu-Jitsu é preso acusado de abusos sexuais contra atletas menores de idade no AM
Alcenor Alves Soeiro, de 57 anos, professor de jiu-jitsu e diretor técnico de uma escola de alto rendimento em Manaus, foi preso no último sábado (23/novembro) em Balneário Camboriú, Santa Catarina, durante a “Operação Armlock”, da Polícia Civil do Amazonas. Soeiro é suspeito de cometer abusos sexuais contra 12 atletas menores de idade ao longo de 15 anos, em viagens para competições e na sua própria casa.
De acordo com a polícia, os abusos ocorriam durante as viagens de campeonato, onde o treinador dopava as vítimas para consumar os crimes. Além disso, Soeiro costumava presentear os atletas com roupas, equipamentos de jiu-jitsu, passagens aéreas e videogames, a fim de conquistar a confiança deles.
Em depoimento, uma das vítimas, agora com 23 anos, relatou que sofreu os abusos entre 2010 e 2014, quando tinha entre 10 e 14 anos. Ela usou as redes sociais para contar sobre os crimes cometidos durante as viagens do grupo, quando Soeiro oferecia medicamentos para as crianças dormirem, momento em que ele praticava os abusos.
O treinador foi preso enquanto participava de uma competição em Santa Catarina com crianças e adolescentes. Ele foi detido e será transferido para Manaus, onde a polícia segue investigando o caso.
Até o momento, 12 vítimas foram confirmadas, e outras seis ainda serão ouvidas, segundo a delegada Deborah Ponce de Leão, que lidera a investigação.
Em coletiva de imprensa, a delegada afirmou que as vítimas inicialmente tinham uma relação de admiração com Soeiro, pois ele era um treinador renomado na área, mas só depois perceberam o que estava acontecendo. “As vítimas, inclusive, tinham vergonha de contar aos seus pais, o que dificultou o início da investigação”, explicou a delegada.
A escola de jiu-jitsu onde Soeiro trabalhava divulgou uma nota repudiando os atos do ex-treinador e afirmando que colaborará com as investigações. A instituição também informou que tomará todas as medidas cabíveis para garantir a segurança de seus alunos.
(Fonte: Gazeta Brasil)