Casal preso por matar bebê com cocaína em Praia Grande

        Um casal acusado de matar o próprio filho de apenas três meses com overdose de cocaína foi preso em Praia Grande, no litoral paulista. A mulher, Priscila Vancini Lopes, de 35 anos, foi detida após dar à luz em outra criança no Hospital Irmã Dulce. Já Wanderley de Araújo, de 48 anos, foi capturado em uma abordagem policial no bairro Mirim. Ambos respondem por homicídio triplamente qualificado, relacionado à morte do bebê ocorrida em maio/2024, em Campinas (SP).

        Segundo a TV Tribuna, Priscila foi presa na última quinta-feira (09/janeiro), após policiais da Força Tática receberem informações sobre um mandado de prisão em seu nome. Horas depois, Wanderley foi encontrado em “atitude suspeita” durante patrulhamento no bairro Mirim. Ao ser abordado, tentou esconder o rosto com um capuz, mas foi identificado como foragido da Justiça.

        Segundo a polícia, Wanderley apresentava sintomas de virose no momento da prisão e precisou ser encaminhado ao Pronto-Socorro Central antes de ser levado à CPJ (Central de Polícia Judiciária).

O crime

        O caso aconteceu em 10/maio/2024, quando Priscila e Wanderley levaram o filho de três meses a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no bairro Padre Anchieta, em Campinas. O bebê já estava morto, com coágulos de sangue saindo pelas narinas.

        À polícia, Priscila alegou que havia alimentado o bebê com uma mamadeira e o deixado dormindo na cama enquanto cuidava de sua filha de 1 ano e meio. Quando voltou, encontrou o bebê com uma marca roxa e sangramento no nariz. Wanderley teria então levado a criança à UPA, onde foi constatado o óbito.

        Após investigações, exames confirmaram que a causa da morte foi overdose de cocaína. Em dezembro/2024, a Justiça decretou a prisão preventiva do casal, que desde então estava foragido. A captura foi possível graças a operações conjuntas entre Polícia Militar e Polícia Civil.

         Priscila e Wanderley serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri e podem enfrentar penas severas, dadas as qualificadoras do crime, que incluem motivo torpe, uso de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

         A recém-nascida, filha de Priscila, foi encaminhada ao Conselho Tutelar, que deve avaliar o caso para garantir a proteção da criança.

(Fonte: Gazeta Brasil)