Ministério da Saúde inclui Funfarme no PMAE, que visa reduzir filas e tempo de espera para consultas, exames e procedimentos

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, visitou o HB (Hospital de Base), de São José do Rio Preto, na tarde de quinta-feira (20/fevereiro), quando se reuniu com diretores e lideranças da instituição e formalizou o ingresso do HB de Rio Preto no PMAE (Programa Mais Acesso a Especialistas).
Trata-se de uma iniciativa estratégica do Ministério da Saúde voltada à ampliação e qualificação do atendimento médico especializado no SUS com o objetivo de reduzir as filas e tempo de espera para consultas, exames e procedimentos de alta complexidade, promovendo maior equidade no acesso à saúde.
“É com trabalhadores e trabalhadoras que se faz o SUS. O Ministério da Saúde, como parte do governo federal, tem enfrentado muitos desafios, mas o nosso lema se resume a três verbos: cuidar, enfrentar (os desafios e não são poucos) e entregar. Ou seja, é realmente devolver à sociedade, a partir desse trabalho, aquilo que é necessário. E é isso que eu vejo nesse hospital, que é a maior produção do SUS. Realmente o Hospital de Base de Rio Preto é uma fortaleza e eu fico muito feliz com a adesão do Programa Mais Acesso a Especialistas”, afirma a ministra Nisia.
O diretor executivo da Fundação, Dr. Jorge Fares, destacou a importância do ingresso do complexo hospitalar no Programa. “Do total de atendimentos, 85% são para pacientes do SUS, um orgulho para nossa instituição. Temos muito orgulho de sermos um dos maiores prestadores de serviços para o SUS do Brasil e não só pelo volume, mas pela qualidade”, afirmou o diretor executivo Dr Jorge.
O complexo hospitalar da Funfarme é referência para mais de 1,7 milhão de moradores de 102 municípios da região noroeste paulista, sob a jurisdição do DRS XV (Departamento Regional de Saúde), da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo. O complexo também é referência em neurocirurgia pediátrica e de adulto, transplante de medula óssea pediátrico e de adulto, obstetrícia e cirurgias gerais de crianças, em especial, oncológicas e cardíacas.
A ministra explica que o objetivo do programa é fazer com que os pacientes sejam encaminhados a serviços de saúde especializados a partir da UBS (Unidade Básica de Saúde) da sua região, conforme os critérios de avaliação. A adesão do município considera a estrutura disponível e a demanda existente na rede de saúde municipal. “A nossa lógica é reduzir o tempo de espera e evitar que o paciente não saiba para onde ir. Evitar aquele vai e vem, como se diz, porque um dia faz a consulta e depois não sabe quando vai fazer o exame. Isso vai acabar no SUS. Eu tenho convicção disso”, garante. “Não vai acabar do dia para a noite, vai ser um processo, mas nós estamos organizados para isso”, diz.
“Com as especialidades que nós temos aqui, no Hospital de Base, atendendo a mais de 100 municípios – atendendo não apenas a região noroeste, mas também todas as regiões do Brasil – em tantas áreas importantes, tenho certeza que será uma grande referência apoiando à região e servindo de referência para todo o Brasil e nos ajudando nesse esforço”, afirma a ministra.
Os números demonstram porque o complexo hospitalar é o segundo maior do Estado de São Paulo e um dos maiores do Brasil. Somente em 2024 foram 98.384 pessoas atendidas, 1,2 milhão de atendimentos, 132 mil atendimentos de emergência, 54,4 mil internações e 51,3 mil cirurgias realizadas.
Suas unidades reúnem mais de 8.800 colaboradores, dos quais 1.082 médicos e 641 médicos residentes de 48 especialidades, 3.689 profissionais de enfermagem e 3.388 profissionais de outras áreas da saúde, administrativa e de apoio. No total, o HB e o HCM possuem 1.318 leitos, sendo 1.048 de enfermaria e 268 de UTI e o maior centro cirúrgico do interior paulista, com 46 salas para procedimentos de alta complexidade e robóticos.
“O Hospital de Base é um hospital querido pelo governo. É um hospital de referência. Nós precisamos de financiamento no SUS porque os custos altos são cada vez mais elevados, mas nós precisamos de gestão. E quando nós falamos em gestão, estamos falando em compromisso, engajamento. Compromisso com o SUS é compromisso com as pessoas”, diz. “São esses três elementos que podem fazer, de fato, a diferença para a saúde da nossa população: financiamento do SUS, uma gestão eficiência, mas também ser uma gestão engajada e com pessoas comprometidas com o Sistema Único de Saúde, com a saúde e com a vida da população. E é isso que eu sinto aqui, no Hospital de Base”, destaca.
Serviço de radioterapia
Durante a visita, a ministra conheceu a infraestrutura de um dos maiores complexos hospitalares do Estado de São Paulo e um dos maiores prestadores de serviços ao SUS (Sistema Único de Saúde) do Brasil.
“Apesar de ser a minha primeira visita, eu tenho os dados e a consciência da importância do Hospital de Base. E eu já tinha pensado que, ao vir para Rio Preto, precisava conhecer o HB”, afirma a ministra.
Nisia Trindade se encantou com o novo serviço de radioterapia do HB, composto pelo acelerador Trilogy STX e acelerador linear TrueBeam. Considerados como alguns dos mais modernos do mundo para tratamento de câncer, os equipamentos oferecem grande precisão no combate ao tumor, podendo reduzir o número de sessões de radioterapia em até 85% dos casos.
A visita da ministra é um marco na história do HB e na consolidação de políticas públicas voltadas à alta complexidade. Nísia Trindade, a primeira mulher a ocupar o cargo de Ministra da Saúde, tem uma trajetória que honra e dignifica a saúde pública brasileira, sendo protagonista na ampliação do acesso e na defesa do SUS.
Dengue
Além do setor de radioterapia, a ministra visitou a enfermaria e UTI para pacientes com dengue. Considerado um dos complexos hospitalares que mais realiza serviços para o SUS no Brasil, a Funfarme teve papel crucial no enfrente da epidemia de dengue em Rio Preto.
Para garantir atendimento adequado aos rio-pretenses que apresentaram quadros mais graves da doença e necessitaram de internação, o complexo Funfarme contribuiu com a ampliação de 45 leitos dedicados à doença. Desse total, foram disponibilizados 30 leitos para adultos no HB, 10 leitos pediátricos no HCM (Hospital da Criança e Maternidade) e outros cinco leitos no HM (Hospital Municipal) Dr. Domingo Marcolino Braile.
Rio Preto e região já enfrentaram inúmeras epidemias de dengue, porém, a atual é diferente e com significativo número de casos graves comparada as anteriores. Segundo monitoramento do governo paulista, somente em 2025 foram confirmados 33.152 casos da doença e 34 óbitos na cidade. Diante da gravidade, no início de fevereiro o Ministério da Saúde mobilizou a FN-SUS (Força Nacional do Sistema Único de Saúde) para apoiar as ações de controle da dengue em Rio Preto.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Funfarme)