Morre a cantora Preta Gil, aos 50 anos

       A cantora, empresária e apresentadora Preta Gil morreu neste domingo (20/julho), aos 50 anos, em decorrência de complicações de um câncer. A informação foi confirmada por sua equipe à imprensa. A artista havia tornado público seu diagnóstico em janeiro/2023 e, desde então, compartilhava sua jornada de tratamento com os fãs.

        Filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha, Preta Maria Gadelha Gil Moreira nasceu em 08/agosto/1974, no Rio de Janeiro. Sua família era um pilar da cultura brasileira, sendo ela sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa. Ela era mãe de um único filho, Francisco Gil, também conhecido como Fran, que é músico do grupo Gilsons.

        Ao longo de sua vida, Preta usou sua visibilidade para combater o preconceito. Como uma mulher preta, bissexual e fora dos padrões estéticos convencionais, ela enfrentou críticas desde a infância e usava sua voz para lutar contra o racismo, a gordofobia e a homofobia. Certa vez, a artista afirmou à revista Forbes: “Eu costumo dizer que eu era a Preta no mundinho da Tropicália, achava que as pessoas eram que nem a minha família. O mundo não era assim”.

        A batalha da cantora contra o câncer foi amplamente acompanhada pelos fãs. Ela compartilhou abertamente sua rotina, das pequenas vitórias aos grandes reveses, como um choque séptico gravíssimo e o fim de seu casamento por uma traição. Em agosto/2023, Preta passou por uma cirurgia de 14 horas para extirpar o tumor e fazer uma histerectomia total. Somente no ano seguinte, ela revelou que também precisou amputar parte do reto.

        No final de novembro/2023, ela anunciou que voltaria ao hospital para reverter uma ileostomia. A jornada continuou em 2024, quando ela revelou a volta do câncer e uma nova rodada de quimioterapia. Na ocasião, ela pontuou que buscava alternativas de tratamento em outros países. “A gente tem que buscar alternativas em países diferentes, com tipos de estudos diferentes, ensaios diferentes ainda não publicados ou publicados, drogas que ainda não chegaram ao Brasil”, disse, ao se consultar em um hospital de referência em oncologia nos Estados Unidos.

(Fonte: Gazeta Brasil)