Intoxicação por metanol: casos suspeitos devem aumentar, diz ministro

        O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira (1º/outubro) que o número de caso suspeitos de intoxicação por metanol deve aumentar ao longo dos próximos dias em razão do reforço das medidas de vigilância anunciadas pela pasta.

        “Está aumentando a sensibilidade para isso, chamando mais a atenção dos profissionais de saúde, aumentando a suspeita desses profissionais e, com a notificação imediata, subindo mais rápido essa informação também”, disse durante coletiva à imprensa sobre vacinação em Brasília.

        Segundo o ministro, até a noite desta terça-feira (30/setembro), 26 casos suspeitos de intoxicação por metanol haviam sido notificados. Além dos casos identificados no estado de São Paulo, Pernambuco notificou, na manhã dessa quarta-feira, três casos suspeitos.

         “As orientações do Ministério da Saúde são para que todo o Brasil, todo o sistema de vigilância, esteja atento à essa situação”, destacou Padilha.

         Para o ministro, a intoxicação por metanol pode ser nacional. “A nossa expectativa é que, no reforço da sensibilidade, da divulgação do problema, isso aumente também a suspeita pelos profissionais de saúde e aumente o número de casos notificados”, concluiu.

(Com informações da Agência Brasil – Fonte: Gazeta de Rio Preto)

    Sobe o número de bares interditados por venda de bebidas com metanol em São Paulo

       O número de estabelecimentos interditados em São Paulo durante operações de fiscalização contra intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas subiu para seis nesta quarta-feira (1º/outubro). Todos os locais tiveram produtos apreendidos pela Vigilância Sanitária municipal, incluindo um lote de 128 mil garrafas de vodca lacradas em Barueri, aguardando apresentação de documentação.

        Os bares interditados até o momento são:

Ministrão: nos Jardins, onde uma das vítimas relatou ter perdido a visão após consumir bebida alcoólica. O bar nega a venda de produtos adulterados e afirmou que todas as bebidas são adquiridas de fornecedores oficiais com nota fiscal.

Torres: na Mooca, que publicou comunicado afirmando colaborar com as autoridades e garantir que seus produtos são adquiridos de distribuidores oficiais de longa data.

Villa Jardim: em São Bernardo do Campo, que suspendeu temporariamente as atividades enquanto investigações seguem, garantindo a segurança dos clientes.

Bar do Léo: na Zona Sul, que teve produtos lacrados e declara estar colaborando com a fiscalização.

Boteco da Vila: na Zona Leste, interditado por suspeita de comercialização de bebidas falsificadas; a direção do estabelecimento informou que todas as bebidas são compradas de distribuidores regulares.

Espaço 7: em Santo André, interditado durante a operação; o bar afirmou que respeita as normas e está à disposição das autoridades para esclarecimentos.

        Nesta quarta-feira, também foi lacrado em Barueri um lote de 128 mil garrafas de vodca que aguarda apresentação de documentação para liberação.

        Até o momento, a Secretaria de Estado da Saúde confirma 37 casos de contaminação por metanol, sendo 10 confirmados e 27 em investigação, com 6 óbitos — 1 confirmado e 5 ainda sob apuração.   Em São Bernardo do Campo, a Prefeitura investiga a morte de um homem de 49 anos ocorrida na terça-feira (30/setembro) por suspeita de intoxicação por metanol.

        Os primeiros sintomas da intoxicação incluem fala pastosa, reflexos diminuídos e sonolência, semelhantes aos efeitos da embriaguez. Nos casos mais graves, a contaminação pode causar alterações no sistema nervoso central, incluindo cegueira.

        Ao longo deste ano, mais de 50 mil garrafas de bebidas falsificadas foram apreendidas em todo o Estado. As operações de fiscalização foram intensificadas na terça-feira (30/setembro) e continuam em andamento.

(Fonte: Gazeta Brasil)