Ciro Nogueira revela quem Bolsonaro já escolheu para 2026

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), declarou em entrevista publicada neste domingo (05/outubro) pelo jornal O Globo que a definição do candidato da direita à Presidência em 2026 deve ser anunciada em janeiro. Segundo ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já teria escolhido o nome, restando apenas duas opções consideradas viáveis: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD-PR).
“Acredito que ele já decidiu. Defendo que comunique isso em dezembro para ser anunciado em janeiro. Quem vai ser, só ele sabe. […] Se fosse hoje, vejo dois candidatos viáveis: Tarcísio e Ratinho Júnior”, afirmou Ciro Nogueira ao jornal.
Segundo o senador, o candidato escolhido por Bolsonaro herdará seu capital eleitoral, considerado ainda o mais forte para desafiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Mas, só tem viabilidade com o apoio do presidente Bolsonaro”, completou.
O anúncio do apoio do ex-presidente, porém, tem gerado tensão familiar. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reivindica a candidatura pelo PL, ameaçando sair do partido caso a legenda apoie Tarcísio ou chegue a filiar o governador de São Paulo. “Eu mesmo disse ao Eduardo: está na hora de focarmos em defender seu pai e enfrentar o verdadeiro adversário, que é o Lula”, comentou Ciro.
O senador ressaltou que Tarcísio e Ratinho Jr. têm potencial de crescimento no eleitorado por possuírem “metade da rejeição do Bolsonaro e quase 40% de desconhecimento”. Para ele, Tarcísio dificilmente abriria mão de disputar a Presidência caso recebesse o apoio do ex-presidente. “Ele obedeceu ao Bolsonaro e venceu em São Paulo. Não tenho dúvida de que, se tiver o chamamento do Bolsonaro para a Presidência, ele não vai virar as costas”, afirmou.
Por outro lado, Ciro Nogueira considera que a candidatura de Eduardo Bolsonaro enfrenta obstáculos importantes. “Alguém que possa fazer campanha aqui no país, preparar um plano de governo, percorrer o Brasil. Infelizmente, o Eduardo não cumpre esses pré-requisitos porque ele está nos Estados Unidos”, disse.
O senador ainda classificou Eduardo como representante de um “extremo” do bolsonarismo, enquanto observa que o próprio ex-presidente atuou mais ao centro nos últimos dois anos de mandato, aproximando-se de uma estratégia mais moderada.
(Fonte: Gazeta Brasil)