Inflação dispara e registra maior alta para setembro em 4 anos com contas de luz pressionando o bolso das famílias

       A inflação oficial voltou a subir em setembro, chegando a 0,48%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (09/outubro) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se da maior variação para o mês em quatro anos e representa uma alta de 0,59 ponto percentual em relação a agosto, quando o índice havia registrado queda de 0,11%.

        No acumulado do ano, a inflação já soma 3,64%, enquanto nos últimos 12 meses o índice chega a 5,17%, acima da meta de 3% estabelecida pelo governo e do limite máximo permitido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 4,5%. Este é o 12º mês consecutivo em que o IPCA permanece acima do teto da meta.

        Segundo o BC (Banco Central), a expectativa é de que a inflação retorne ao intervalo da meta no primeiro trimestre de 2026, caindo para 4,0% em março. Para conter a alta de preços, a autoridade monetária manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, pelo segundo mês seguido. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, indicou que a Selic deve permanecer nesse patamar por um período prolongado.

        O principal vilão da inflação em setembro foi o aumento das contas de luz. As tarifas residenciais subiram 10,3%, revertendo parte da queda de 4,21% registrada em agosto. O aumento ocorreu devido à manutenção da bandeira tarifária vermelha Patamar 2, que eleva o valor da conta em R$ 7,87 a cada 100 kW/h consumidos, e ao fim do “bônus de Itaipu”, que havia trazido alívio temporário no mês anterior.

(Fonte: Gazeta Brasil)