CPMI do INSS aprova acareação entre denunciante e “Careca do INSS” em caso de fraude bilionária

        A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS avançou nas investigações sobre a fraude bilionária em benefícios previdenciários ao aprovar, nesta quinta-feira (06/novembro), a acareação entre o advogado Eli Cohen, que denunciou o esquema, e o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos líderes da articulação criminosa.

        A acareação é um procedimento no qual duas testemunhas com depoimentos contraditórios são colocadas frente a frente, permitindo que os investigadores busquem esclarecer pontos divergentes e chegar à verdade dos fatos.

        O esquema investigado consistia na falsificação de autorizações de idosos, permitindo que associações e sindicatos descontassem mensalidades automaticamente dos benefícios previdenciários. Segundo estimativas da Polícia Federal, a fraude teria desviado R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, envolvendo acordos irregulares com o INSS.

        Como parte do endurecimento das ações, a CPMI solicitou prisão preventiva de quatro pessoas, incluindo Rubens Oliveira Costa, acusado de ocultação de documentos e atuação em empresas ligadas a “Careca do INSS”, e Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da entidade Amar Brasil Clube de Benefícios.

        Além disso, a comissão ampliou suas medidas investigativas. Foram requisitados dados da CGU (Controladoria-Geral da União) sobre o sistema de crédito consignado e mais de uma centena de relatórios financeiros sigilosos ao Coaf. O objetivo é traçar o caminho do dinheiro desviado e identificar a responsabilidade de outros envolvidos, incluindo bancos e entidades associativas.

(Fonte: Gazeta Brasil)