Réu no STF, Eduardo Bolsonaro diz que título é “Motivo de Orgulho” em país que “solta bandidos”
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a atacar o STF (Supremo Tribunal Federal) após a Primeira Turma da Corte decidir, por unanimidade, torná-lo réu no processo que apura coação no curso do processo no caso da suposta trama golpista. A reação veio nesta segunda-feira (17/novembro), em seu perfil no X (antigo Twitter), onde o parlamentar afirmou que, no Brasil, ser chamado de réu é “motivo de orgulho”.
“Ser chamado de réu num país onde esta mesma suprema corte que me processa solta bandidos é motivo de orgulho. E os que celebram esta notícia são pobres de espírito, frutos de sua própria ignorância”, escreveu o deputado, criticando diretamente a atuação dos ministros.
A decisão que tornou Eduardo réu foi tomada no sábado (15/novembro). A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar, acompanhando o relator Alexandre de Moraes. Também seguiram o mesmo entendimento os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Apesar da votação unânime, o julgamento só será concluído oficialmente em 25/novembro — até lá, os ministros ainda podem alterar seus votos, embora isso seja pouco comum.
A Primeira Turma também votou para transformar em réu o economista Paulo Figueiredo, que responde no mesmo processo.
A denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) aponta que Eduardo Bolsonaro teria agido para beneficiar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), buscando impedir que ele fosse julgado na ação penal que investiga a articulação golpista.
Segundo a acusação, Eduardo teria articulado sanções contra o Brasil e contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos, onde está desde fevereiro. A permanência prolongada no país norte-americano, afirma a PGR, teria como objetivo interferir no julgamento do ex-presidente.
Apesar de todos os votos já terem sido proferidos, o resultado só será oficializado no encerramento do julgamento, marcado para 25/novembro. Até essa data, eventuais mudanças ainda podem ocorrer, embora sejam raras.
(Fonte: Gazeta Brasil)











