Dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, deixa a prisão após decisão do TRF-1
O banqueiro Daniel Bueno Vorcaro, sócio e gestor do Banco Master, foi solto no início da tarde deste sábado (29/novembro), após a Justiça revogar sua prisão preventiva na noite de sexta-feira (28/novembro). Ele deixou o CDP (Centro de Detenção Provisória 2), em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde estava detido desde a última segunda-feira (04/novembro), após passar dias sob custódia da Polícia Federal em São Paulo.
A decisão, assinada pela desembargadora Solange Salgado da Silva, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), substitui a prisão de Vorcaro por um conjunto de medidas cautelares. A magistrada avaliou que, diante da “ausência de periculosidade”, era possível aplicar alternativas ao encarceramento.
Medidas impostas pela Justiça
– Vorcaro deverá: * se apresentar periodicamente à Justiça;
* Não Manter contato com os demais investigados;
* Não sair do município onde reside;
* Entregar o passaporte;
* Não exerecer atividades de natureza financeira;
* Usar tornozelera eletrÇonica
A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) confirmou a libertação do banqueiro e dos outros quatro investigados, afirmando que “conforme decisão judicial, ele será monitorado eletronicamente pelo Centro de Controle e Operaçes Penitenciárias da Polícia Penal do Estado de São Paulo”.
A operação e as acusações
Vorcaro foi preso por agentes da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando tentava embarcar para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Segundo as investigações, ele é apontado como o líder de um esquema de manipulação financeira envolvendo o BRB (Banco de Brasília) e o Banco Master.
As apurações fazem parte da operação “Compliance Zero”, que investiga um suposto esquema responsável por um prejuízo superior a R$ 12 bilhões. O caso envolve:
– Emissão de carteiras de crédito consideradas ‘insubsistentes’;
– Manipulação contábil para captação de recursos no mercado financeiro;
– Violação de normas do sistema financeiro nacional.
As autoridades destacaram que o esquema era marcado por “sofisticação e estruturação”, com participação coordenada de diversos agentes econômicos.
Decisão estendida a outros investigados
Além de Vorcaro, tiveram a prisão revogada:
Augusto Ferreira Lima,
Luiz Antonio Bull,
Alberto Feliz de Oliveira,
Ângelo Antonio Ribeiro da Silva.
A desembargadora entendeu que não havia justificativa para tratamento distinto entre os investigados e estendeu a todos as mesmas medidas cautelares.
Apesar da gravidade das acusações, a magistrada ressaltou que “a substituição da prisão por um conjunto de medidas cautelares robustas mostra-se suficiente para acautelar o meio social e prevenir eventual reiteração delitiva”.
(Fonte: Gazeta Brasil)











