De acordo com a Polícia Cilvil de Olímpia (SP), o pai abriu a porta para os agentes às 6h00 da manhã. O rapaz admitiu que pagava para receber links com o conteúdo criminoso. A Delegada negou fiança e pediu a prisão preventiva do acusado.

        Uma operação de combate à pedofilia deflagrada pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Olímpia resultou na prisão em flagrante de um jovem de apenas 20 anos, na manhã de terça-feira (23/dezembro). O cumprimento do mandado de busca e apreensão ocorreu em uma residência no bairro Menina Moça II.

         A ação foi coordenada pela Delegada Débora Cristina Abdala Nóbrega e contou com a atuação da equipe de policiais civis.

O flagrante às 6h da manhã

         Segundo o registro policial, a equipe chegou ao endereço por volta das 6h00 para cumprir a ordem expedida pela 2ª Vara Criminal de Olímpia. A entrada na residência foi franqueada pelo próprio pai do suspeito.

        Os policiais localizaram o indiciado, J.  (20 anos), em seu quarto. Durante as buscas no cômodo, foram apreendidos dois aparelhos celulares da marca Samsung. A materialidade do crime foi constatada imediatamente no local: o investigador analisou preliminarmente os dispositivos e encontrou diversos arquivos — tanto vídeos quanto imagens — contendo pornografia infantil armazenados na galeria.

Confissão: Pagamento via PIX

         Confrontado com a materialidade do crime, o investigado foi conduzido à DDM, onde confessou espontaneamente. Um detalhe revelado pelo jovem chamou a atenção das autoridades para a “indústria” por trás do crime: ele admitiu que obtinha o conteúdo criminoso através da compra de links, realizando o pagamento via PIX para ter acesso ao material ilícito.

        Diante das provas e da confissão, foi dada voz de prisão em flagrante pelo crime de armazenamento de pornografia infantil (Art. 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA). A autoridade policial ratificou a prisão, determinou o indiciamento imediato e, devido à gravidade dos fatos, representou pela conversão do flagrante em prisão preventiva.

         No entanto, o indiciado não permaneceu preso. Graças ao trabalho da advogada Dra. Thais Barão, a defesa conseguiu reverter o pedido de prisão preventiva na Justiça. A advogada demonstrou os requisitos favoráveis de seu cliente, garantindo que ele obtivesse o direito de responder às acusações em liberdade.

(Fonte: Regional 24 Horas)