Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram uma mobilização para convocar manifestações em resposta à operação da PF (Polícia Federal) realizada nesta sexta-feira (18/julho), que impôs ao ex-mandatário uma série de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal, no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

        O PL (Partido Liberal), legenda de Bolsonaro, divulgou uma nota nas redes sociais afirmando que é momento de reação popular: “É hora de a sociedade brasileira se posicionar com coragem. O povo deve voltar às ruas de forma pacífica e ordeira”.

        A direção do partido deve se reunir na próxima segunda-feira (21/julho) para definir os detalhes da manifestação, como data e local. Apesar disso, políticos da sigla já estão convocando os apoiadores a se mobilizarem. “Brasil nas ruas já!”, escreveu o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcanti (RJ), em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

        A operação desta sexta-feira incluiu mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, onde foram recolhidos cerca de US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie, além de um pen drive, que o ex-presidente afirma desconhecer.

        Além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro está proibido de sair de casa entre 19h00 e 7h00 nos dias úteis e durante todo o fim de semana. Ele também não pode acessar redes sociais nem manter contato com diplomatas ou embaixadores.

        O ex-presidente é réu em uma ação penal no STF e foi incluído pelo Ministério Público como um dos principais nomes do núcleo que teria articulado uma tentativa de golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

(Fonte: Gazeta Brasil)