Após quase 100 dias na UTI, quadrigêmeas recebem alta do hospital e conhecem avós paternos

        Meninas foram para casa na terça-feira (17/setembro) e estão saudáveis. Lavínia, Laura, Helena e Heloísa estavam internadas na UTI neonatal do HCM de Rio Preto (SP) desde o dia 10/junho e estão saudáveis.

        Lavínia, Laura, Helena e Heloísa nasceram no dia 10/junho deste ano, prematuras, de uma gestação que durou 28 semanas, ou seja, sete meses. Por serem muito pequenas, precisaram de cuidados intensivos da equipe médica do HCM (Hospital da Criança e Maternidade).

        Depois de dias na expectativa, o pai das meninas, Eloi Richarti, de 42 anos, compartilhou com o g1 a emoção de viver este momento. Segundo ele, ver as filhas saudáveis nos braços, indo para a casa, foi o melhor presente que recebeu.

        Com a alta hospitalar, a família se reuniu na casa dos avós paternos para que conhecessem as netas pela primeira vez. Isso porque, acamada, a mãe de Eloi não pôde ir até a unidade de saúde para presenciar o parto.

       “A primeira coisa que nós fizemos foi levar para a casa dos pais, a minha mãe está acamada e eles não conheciam elas. Foram quase 100 dias de UTI e a expectativa só aumentava para conhecer as netinhas”, comenta Eloi.

        Agora em casa, a rotina da família mudou completamente. Por isso, o pai reforça que a ajuda dos avós, sogros e amigos tem sido fundamental em meio ao misto de emoção e responsabilidade. Eloi, que sempre sonhou em ser pai, diz que foi tomado quatro vezes mais pelo sentimento de alegria.

         “A gente sempre acreditou, esteve confiante de que elas iriam para casa. Tivemos momentos de medo, mas sempre tivemos certeza de que elas iriam as quatro com a gente. Agora, o principal objetivo é que elas cresçam saudáveis e felizes, nós seis, todos juntos. Só momentos de muita alegria”, comentou o pai Eloi.

Parto antecipado

Viviane e Eloi estão casados há três anos e moram em Olímpia (SP). Após a troca das alianças, eles fizeram várias tentativas para que ela engravidasse de forma natural, mas não obtiveram sucesso.

        Lavínia, Laura, Helena e Heloísa são frutos de uma gestação que se desenvolveu por meio de fertilização in vitro, feita em dezembro do ano passado.

        Dois embriões foram implantados e, para a felicidade dos pais, foram fecundados. A notícia inicial de que seriam gêmeas se transformou quando os exames revelaram que uma delas havia se dividido em mais duas, dando origem a três gêmeas univitelinas (idênticas) e mais uma irmã de óvulo diferente.

        O casal, que sonhava com pelo menos um bebê, teve o pedido atendido em dose quadruplicada. Eloi conta que, após a boa notícia, Viviane teve uma gestação tranquila, apesar de considerada de risco.

        A mãe afirmou que foi avisada pelos profissionais de que o parto seria antecipado. Uma equipe com 30 profissionais de saúde participou da cesariana no HCM de Rio Preto. As bebês nasceram por uma cirurgia cesariana, com peso entre 500 e 900 gramas.

        Uma “árvore da vida” com características como peso e tamanho das crianças foi feita logo após o nascimento das quadrigêmeas. Em seguida, elas foram encaminhadas para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal para desenvolvimento.

        Em junho, a mãe das meninas, Viviane Papani, de 38 anos, segurou as filhas no colo pela primeira vez. À reportagem, ela contou que conseguiu fazer o método “canguru” que consiste em colocar o recém-nascido em contato com o corpo dos pais por duas horas. Viviane recebeu alta médica no dia 13/junho.

Nascimento histórico

        Segundo a Prefeitura de Olímpia, cidade onde as meninas foram registradas, uma consulta no Cartório de Registro Civil da cidade, o sistema, que possui dados desde a década de 30, confirmou que este é o primeiro caso de quadrigêmeas do município e um dos únicos de toda a região.

         O nascimento histórico deixou não só os familiares, mas também amigos do casal muito felizes e na torcida para o começo de uma nova fase.

(Fonte: G1 São José do Rio Preto e Araçatuba)