Um grave confronto entre torcedores do Cruzeiro e da Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras, resultou em um morto e 17 feridos na Rodovia Fernão Dias, nas proximidades do túnel de Mairiporã, interior de São Paulo, na madrugada deste domingo (27/outono).

        A vítima fatal, um homem de 30 anos, foi socorrida após sofrer ferimentos graves, mas não resistiu. Entre os feridos, um torcedor foi atingido por um disparo de revólver na região do abdômen, embora seu estado não seja considerado crítico.   Segundo estimativas da PRF (Polícia Rodoviária Federal), cerca de 120 pessoas participaram do confronto, que também envolveu o uso de barras de madeira e de ferro, além da arma de fogo.

        O incidente ocorreu quando torcedores do Cruzeiro, que retornavam de uma partida contra o Athletico Paranaense em Curitiba, foram interceptados na rodovia por torcedores palmeirenses que voltavam de um jogo contra o Fortaleza, em São Paulo.

        A PRF informou que, durante a briga, dois ônibus foram incendiados e pelo menos sete torcedores do Cruzeiro sofreram traumatismo craniano. As vítimas foram levadas para o Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, e para a unidade hospitalar de Franco da Rocha.

        A concessionária Arteris, responsável pela administração da rodovia, interditou a pista por mais de uma hora devido à falta de segurança. Até o momento, ninguém foi preso.

        A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que a Polícia Civil está investigando o caso. “De acordo com informações preliminares, torcedores do Cruzeiro sofreram uma emboscada de torcedores organizados do Palmeiras. O boletim de ocorrência está em elaboração pela Delegacia de Mairiporã, que requisitou perícia ao local. Mais informações serão fornecidas ao término do registro”, afirmou a SSP.

        O Cruzeiro lamentou o episódio em nota, ressaltando a necessidade de acabar com atos de violência no futebol. “Precisamos dar um basta a esses atos criminosos”, declarou o clube. Da mesma forma, o Palmeiras repudiou as cenas de violência, enfatizando que “o futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor”.

(Fonte: Gazeta Brasil)