O aumento no salário mínimo neste começo de ano tem finalidade bem definida. No mês de janeiro contas fixas de um valor relativamente expressivo pegam uma grande fatia do orçamento familiar como IPVA, IPTU e materiais escolares.

      Segundo o economista Hipólito Martins, a alteração no salário mínimo é real, mas não é exatamente o suficiente para atender todas as demandas familiares. “O salário mínimo é usado como referência. Apesar de ter sofrido um aumento real, sabemos que ainda é pouco para suprir todas as demandas”, disse.

     Dr. Hipólito Martins Filho é economista e exerce a profissão há 40 anos. Ele alerta para a importância do planejamento das finanças

      Indagado sobre as alternativas que as pessoas têm de alinhar as necessidades com a renda, Martins orienta que as pessoas devem manter o controle para não gastar mais do que se ganha.  “Sabemos que as dificuldades existem. É preciso muito planejamento familiar com a renda para não se endividar e, pesquisar muito antes de comprar e não agir por impulso”, alerta.

      Sobre os impactos que todas as oscilações de preço geram no bolso do brasileiro, o profissional salienta que são inúmeros.  “Todos os fatores econômicos comprometem muito no orçamento. Para lidar com a defasagem é preciso repensar sobre aqueles gastos dos quais podemos fugir, e dos que não podemos, não há alternativas. Primeiro pagamos as contas mais importantes e o restante estudamos para não comprar além do que realmente precisamos”, destaca.

     Ana Paula de Souza diz que sempre que possível o pagamento de IPTU e IPVA são feitos à vista quando o auxílio do 13° que é guardado. “Quando dá pagarmos tudo à visto a gente prefere, pois o desconto vale a pena, mas quando não dá parcelamos”, finaliza.

     Carlos Eduardo de Oliveira, diz que, neste mês não irá conseguir pagar todas as contas. “Vou pagar as principais. Temos muitos boletos e vou ter que usar o cartão para sobreviver a este mês difícil”, finaliza.

(Fonte: Jornal DHoje Interior/Daniela Manzani)