Autor do crime ocorrido em dezembro, se apresentou nesta quarta no Deic de Rio Preto

Autor do crime estava foragido desde o dia 08/dezembro, data do crime em Guaraci

        Na tarde desta quarta-feira (12/fevereiro) o autor do crime de Homicídio na cidade de Guaraci, ocorrido na madrugada do dia 08/dezembro/2024, decidiu se entregar à Deic de Rio Preto, após longas tentativas de acordo para se entregar em Guaraci, local onde ocorreu o crime.

         Segundo o advogado de defesa do autor, o criminalista Nelson Jacob Caminada Filho “O motivo de Vitor se entregar em Rio Preto é pelo fato de que ele tem moradia fixa em Bady Bassit, ou seja, com essa decisão ele vai poder ficar mais próximo de seus familiares”, citou Dr Nelson.

Homicídio cometido em Guaraci

        O investigado pelo Homicídio Qualificado, art. 121, na cidade de Guaraci, Vitor Augusto Monteiro, 29 anos, se envolveu em uma confusão ao tentar separar a vítima Alberto Silva Pereira, 49 anos, pedreiro conhecido na cidade como ‘Tanaka’, que segundo a versão do advogado “estava na posse de um facão, embriagado, Alberto, agredia uma mulher com uma criança deficiente no meio da rua, naquela madrugada do dia 08/dezembro no Jardim Lhen Nicolau, em Guaraci. Após tentar proteger a mulher, Tanaka teria desferido um golpe de facão danificando o carro de Vitor, episódio que infelizmente e lamentavelmente terminou com a morte do pedreiro.”

        Durante a confusão, Tanaka acabou sendo golpeado por Vitor que em seguida fugiu do local estando foragido até quarta-feira (12/fevereiro) quando se entregou no DEIC em Rio Preto.

         Socorrido às pressas Tanaka não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo ao dar entrada no Pronto Atendimento de Guaraci.

        No momento em que Vitor esfaqueia a vítima, mais duas pessoas aparecem na cena do crime, não se envolvem, apenas assistem a cena. 

Vitor se entrega

         Após se entregar a reportagem entrou em contato com o advogado Dr Nelson que deu a seguinte versão: “O vitor foi simplesmente proteger a vida de uma mulher que estava com o filho deficiente nos braço de uma pessoa embriagada, portando uma arma branca (facão) capaz de causar ferimentos na mulher em seu filho. Com e decisão dele infelizmente a defesa de Vitor culminou com a morte da vítima. Com isso Vitor teve a prisão temporária decretada para garantir a regularidade das investigações, conforme a delegada do caso, Dra. Debora, entendeu haver esta necessidade. Analisando esta decisão, eu como defensor não concordei com esta decisão e diante do iminente risco de prisão do Vitor eu impetrei um pedido de Habeas Corpus e estávamos aguardando o julgamento desse H.C. para ver qual a nossa posição em relação ao caso. Com a negativa do H.C. pelo TJ SP na tarde de terça-feira (11/fevereiro) conversei com o Vitor e nós decidimos que ele se apresentaria por respeito as decisões judiciais. Ele se apresentou nessa quarta-feira após o almoço no DEIC em Rio Preto onde todas as formalidades já foram realizadas e o Mandado de Prisão devidamente cumprido. Assim, ele já está à disposição da Justiça. Friso que Vitor se apresentou de forma espontânea, em respeito às decisões judiciais. Agora, com o pedido de Prisão Preventiva feito pela delegada Dra. Debora ao MP, nós vamos aguardar a decisão se a Prisão Temporária será convertida em Preventiva, o que combateremos com novo pedido de H.C., caso contrário, ele deverá ser colocado em liberdade em 30 dias, que é o prazo da temporária, para que possa então responder o processo em liberdade já que se apresentou fora do estado de flagrância. Vitor é primário, tem emprego e residência fixa e, portanto, tem todos os requisitos para poder responder em liberdade, friso, por um crime que ele cometeu não por vontade própria, mas sim por tentar defender uma mulher indefesa, com uma criança deficiente no colo, ato que infelizmente terminou de uma forma que nem ele queria, a morte do homem que agredia a mulher. E, para sabermos que rumo tomar, temos que aguardar a decisão da Justiça sobre a Preventiva ou não, e claro, colaborando e comparecendo em todos os atos judiciais para que no fim tenhamos um julgamento justo, e para isso confiamos na Justiça…”

(Fonte: Regional 24 Horas)