Bebê de 9 meses com malformação rara passa por cirurgia no crânio no HCM

       Teve alta do HCM (Hospital da Criança e Maternidade), de São José do Rio Preto, o pequeno Benício, de nove meses, após realizar com sucesso uma cirurgia de correção de cranioestenose.

        A malformação é uma condição rara caracterizada pelo fechamento prematuro das suturas cranianas (junções entre os ossos do crânio) que impede o crescimento adequado do cérebro e provoca deformidades no crânio.

        O procedimento cirúrgico aconteceu no dia 28/outubro.

        O Dr. Linoel Curado Valsechi, neurocirurgião do HB (Hospital de Base) e HCM (Hospital da Criança e Maternidade) explica sobre a condição rara da cranioestenose. “As suturas permitem a expansão do crânio conforme o cérebro cresce. Quando uma dessas junções se fecha prematuramente, o crânio para de crescer naquela direção, e o cérebro busca espaço em outras áreas, o que pode resultar em uma deformidade óssea. A condição pode causar atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo, além de problemas na visão e no comportamento da criança”, afirma Dr Linoel.

        O procedimento, que é o único tratamento eficaz na craniossinostose, consiste em osteotomias no crânio com expansão da calvaria liberando espaço para o adequado desenvolvimento cerebral.  O procedimento também pode ser realizado de forma minimamente invasiva com o auxílio de endoscopia, o que reduz o risco de sangramento e deixa cicatrizes menores.

        A técnica permite a visualização interna por meio de uma câmera inserida sob a pele, por pequenas incisões. Em alguns casos, são usados dispositivos como molas e distratores, que auxiliam na expansão do crânio, permitindo o crescimento saudável do cérebro, utilizado principalmente em crianças acima de 1 anos.

        Todas essas técnicas são realizadas no HCM que é um dos únicos hospitais do Noroeste Paulista a realizar o procedimento, conta com notáveis avanços nas técnicas. A equipe utiliza exames de tomografia com reconstrução em 3D para confirmar o diagnóstico e planejamento cirúrgico.

        O uso da impressão 3D no HCM permite o desenvolvimento de modelos anatômicos para planejamento cirúrgico, aumentando a precisão e a segurança dos procedimentos. Com isso, o hospital continua a se destacar na área de cirurgias pediátricas de alta complexidade e reforça seu compromisso com a saúde infantil.

        Após a cirurgia, o paciente deve seguir um acompanhamento para cuidados com as feridas operatórias por cerca de 15 dias, podendo, em seguida, retomar atividades normais, como brincar no chão, por exemplo.

(Fonte: Gazeta de Rio Preto)