Bispo defende presos do 8 de Janeiro e diz que Brasil é ‘país mergulhado numa ditadura’
Durante uma missa realizada no último domingo (20/outubro), o bispo de Formosa (GO), Adair José Guimarães, afirmou que o Brasil enfrenta uma “ditadura” e criticou os processos envolvendo os condenados pela tentativa de golpe de 8 de Janeiro, afirmando que eles estão “sofrendo processos sem direito ao contraditório”.
A fala foi registrada e compartilhada nas redes sociais, ganhando repercussão entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Quando o ímpio governa, o povo geme, e nós estamos sendo governados por ímpios. Somos um país mergulhado numa ditadura, onde não se tem mais liberdade, onde temos milhares de pessoas sofrendo com processos sem direito ao contraditório”, afirmou o sacerdote.
O religioso chega a fazer referência a Débora Rodrgiues, presa durante os atos na praça dos Três Poderes após pichar “perdeu, mané” em uma estátua representando a Justiça que fica em frente ao prédio do STF.
“Como pode uma mãe, por causa de um batom, pegar 17 anos, tendo seus dois filhos pequenos, e não podendo nem ficar presa em casa para cuidar dos filhos?”, acrescentou o sacerdote em referência ao caso da manifestante.
O bispo chegou a comparar a situação de Débora com a de Adriana Ancelmo, ex-esposa do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que foi condenada por envolvimento em esquemas de corrupção.
“A esposa do corrupto do Rio de Janeiro, que pegou 400 e tantos anos de cadeia e já está solto, e ela, que pegou mais de 80 e já está solta por causa dos filhos, esses têm direitos. Hoje no Brasil é beneficiado quem é do lado estranho, mas quem defende família, liberdade, religião, fé, propriedade privada, parece que não tem mais direito”, afirmou Adair José Guimarães.
O vídeo, inicialmente publicado em um perfil no TikTok, foi amplamente compartilhado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).
(Fonte: Gazeta Brasil)