Um motorista de carreta viveu horas de terror na manhã desta quarta-feira (12/novembro) após ser sequestrado e assaltado por criminosos no Rodoanel Mário Covas, na altura do km 44, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O caso mobilizou a Polícia Militar, o esquadrão antibombas (GATE) e provocou um congestionamento de mais de 40 quilômetros.

        Segundo informações da Polícia Militar, a vítima relatou que os assaltantes o obrigaram a permanecer dentro da cabine da carreta e afirmaram ter colocado explosivos no veículo. Em pânico, o motorista ficou imóvel, com os braços cruzados, por mais de quatro horas, seguindo as ordens dos criminosos.

       Por volta das 9h15, agentes do GATE, utilizando roupas especiais, se aproximaram do caminhão e iniciaram a negociação. O motorista, visivelmente abalado e com um fio vermelho amarrado ao corpo — que supostamente estaria ligado ao artefato —, acabou desmaiando ao sair do veículo. Ele foi socorrido e levado a um hospital da região, onde permanece sob observação, mas sem ferimentos graves.

        Após a inspeção dos especialistas, foi confirmado que não havia explosivos na cabine. A caixa deixada pelos criminosos era falsa. O caminhão foi então removido para uma pista lateral, e o tráfego foi liberado por volta das 10h30.

        Durante a operação, o Rodoanel foi completamente interditado entre as rodovias Régis Bittencourt e Imigrantes. O congestionamento chegou a 40 quilômetros no pico da ocorrência, mas começou a reduzir por volta das 11h00.

       O Centro de Controle Operacional da concessionária SPMAR, responsável pelo trecho, informou que recebeu o primeiro chamado às 5h25, quando o motorista relatou ter sido vítima de roubo e sequestro. Ele viajava do Acre para São Bernardo do Campo. De acordo com a Polícia Militar, os criminosos amarraram as mãos do motorista e colocaram uma caixa na cabine, afirmando se tratar de explosivos. O para-brisa do caminhão estava quebrado, possivelmente atingido por uma pedra lançada pelos assaltantes durante a ação.

        A empresa SITREX – Sistema Internacional de Transporte Rodoviário Expresso, proprietária da carreta, informou que está apurando o caso e prestando assistência ao funcionário. A empresa não revelou qual era a carga transportada.

        Apesar da confirmação de que a bomba era falsa, a polícia ainda investiga as circunstâncias do crime, incluindo a possibilidade de o motorista ter sofrido um surto psicológico durante o episódio.

       Helicópteros Águia, equipes dos bombeiros e da Polícia Rodoviária também participaram da operação, que mobilizou dezenas de agentes ao longo da manhã.

(Fonte: Gazeta Brasil)