Cachoeira do Talhadão, onde jovem desapareceu, não tinha aviso de risco de afogamentos; município diz que placas sumiram

       A área ao redor da Cachoeira do Talhadão, em Palestina (SP), onde o jovem desapareceu no domingo (24/novembro), após ser arrastado pela correnteza, não tinha aviso de risco de afogamentos aos banhistas. 

         A constatação foi feita pela equipe da TV TEM, nesta terça-feira (26/novembro). A prefeitura diz que placas foram colocadas no local, mas sumiram. Pelo terceiro dia seguido, a equipe do Corpo de Bombeiros realiza buscas.

        Edson Ramos, 24 anos, morador de Olímpia (SP), foi visto sendo arrastado pela força das águas do Rio Turvo, em seguida sumiu. Uma turista filmou o momento em que o jovem desaparece rapidamente.

        Depois de constatar a ausência de sinalização, a TV TEM questionou a Prefeitura de Palestina. Por meio de nota, o município informou que a região da cachoeira tinha recebido sinalização de alerta recentemente, porém as placas desapareceram. Uma equipe de engenharia vai percorrer o lugar para verificar o que aconteceu.

        A Cachoeira do Talhadão, no distrito de Duplo Céu, é muito frequentada por turistas devido à beleza natural.

        Edson Ramos trabalhava como garçom em Olímpia. A mãe do rapaz informou à produção da emissora que ele foi até a cachoeira com um grupo de amigos da igreja e que, por volta das 14h00 de domingo, quando ia embora, o carro não funcionou.

        Em seguida, o jovem retornou à queda d’água para pedir ajuda dos colegas. Pouco tempo depois, Edson foi arrastado pela correnteza e desapareceu.

        O engenheiro agrônomo Érico Maioli, que trabalha nas proximidades, informou que viu o rapaz dentro da água segurando um tronco antes de sumir. “Os amigos tentaram socorrê-lo, mas infelizmente a correnteza é muito forte ali”, declarou.

        Ainda, segundo o engenheiro, não é a primeira vez que ocorre acidentes naquele ponto. A geografia do local dificulta o trabalho de buscas desempenhado pelos bombeiros, informou o tenente Guilherme Pavan, de São José do Rio Preto.

        A correnteza forte inviabiliza o uso de embarcações e impede o trabalho de mergulhadores. “Basicamente as buscas estão sendo feitas nas margens, em bolsões e lugares onde o rapaz pode estar”, explica Guilherme.

        Os bombeiros alertam as pessoas para evitarem entrar na água em lugares de forte correnteza, como na Cachoeira do Talhadão. “De maneira nenhuma é para entrar em águas assim. A correnteza arrasta alguém facilmente. A pessoa sai para se divertir e o passeio acaba em tragédia”, declara o tenente.

        A orientação para aqueles que desejam se banhar é para que priorizem a segurança e procurem áreas próprias, dentro de clubes, ou com a presença de salva-vidas. “Tenha em mente o bordão: água no umbigo é sinal de perigo”, finaliza o bombeiro.

(Fonte: G1 São José do Rio Preto e Araçatuba)