Cinco cidades brasileiras no ranking das cidades mais perigosas da América Latina
Um estudo publicado pelo Índice Global de Criminalidade em 2023 mostra que a América Latina tem algumas das cidades mais perigosas do mundo. Caracas, na Venezuela, ocupa o 1º lugar no ranking, com um nível de criminalidade considerado “extremamente elevado”.
O estudo também mostra que a região tem um alto índice de homicídios, com uma taxa de 26,5 mortes violentas por 100 mil habitantes. Isso é mais de duas vezes a taxa média global, que é de 11,1 mortes violentas por 100 mil habitantes.
Caracas, Venezuela
Caracas, a capital da Venezuela, ocupa a 1ª posição no ranking mundial do Índice Global em termos de taxas de criminalidade. O nível de insegurança na cidade é considerado extremamente elevado, refletindo uma realidade preocupante para seus habitantes. A criminalidade aumentou 83% nos últimos 3 anos, agravando ainda mais as preocupações com a segurança na região.
Os moradores de Caracas estão principalmente preocupados com a possibilidade de suas casas serem roubadas e seus pertences serem roubados. Além disso, o medo de ser agredido é uma preocupação comum. A segurança ao caminhar pela cidade à noite é uma grande preocupação.
Esses dados contradizem o procurador-geral do regime de Nicolás Maduro, Tarek William Saab, que nos últimos dias anunciou uma “diminuição de 63% nos casos de homicídio” entre 2017 e 2022. Recentemente, no país caribenho, foi realizada uma forte operação policial para despejar um dos centros penitenciários mais perigosos da Venezuela, conhecido como prisão de Tocorón, um dos centros de operações da gangue criminosa El Tren de Aragua, que tem presença, inclusive em outros países da região. Saab garantiu que a operação realizada no centro penitenciário de Tocorón foi um “golpe contra o crime”. Contudo, os dados do ranking do Índice Global mostram que o país continua no topo da lista dos mais perigosos do planeta.
Rio de Janeiro, Brasil
O Rio de Janeiro, Brasil, está classificado em 7º lugar em índices de criminalidade. O nível de violência é classificado como “muito alto”, o que reflete uma situação preocupante nesta cidade brasileira. Tal como Caracas, a criminalidade aumentou nos últimos 3 anos, suscitando preocupações significativas.
Os moradores do Rio de Janeiro estão preocupados com a segurança de suas casas e a possibilidade de roubos e danos materiais. Apesar das preocupações moderadas em comparação com outras cidades, o medo de ser assaltado ou roubado continua a ser um grande problema.
Salvador, Brasil
No 8º lugar do nosso ranking, Salvador, Brasil, também enfrenta um nível “muito alto” de criminalidade. Porém, o que diferencia Salvador é o aumento significativo da criminalidade nos últimos anos. Este aumento gerou um sentimento crescente de insegurança entre os seus habitantes.
As principais preocupações em Salvador são semelhantes às de outras cidades: o medo de ser agredido ou assaltado, além do roubo de veículos. Apesar destas preocupações, a segurança ao caminhar durante o dia é vista de forma mais positiva.
Fortaleza, Brasil
No número 9, Fortaleza, no Brasil, enfrenta um nível de criminalidade extremamente elevado, como outras cidades da região. Nos últimos 3 anos, registou-se um aumento significativo da criminalidade, evidenciando desafios persistentes à segurança pública.
As principais preocupações dos moradores de Fortaleza incluem o medo de serem agredidos ou roubados e o roubo de veículos. Crimes contra a propriedade e crimes violentos são problemas constantes nesta cidade.
Recife, Brasil
No número 10, Recife, Brasil, enfrenta taxas de criminalidade extremamente altas. Embora a cidade tenha registrado um aumento da criminalidade nos últimos anos, as preocupações dos residentes variam em intensidade.
As principais preocupações incluem o medo de ser agredido ou assaltado, embora a segurança ao caminhar à noite seja vista com menos preocupação. Apesar dos desafios de segurança, Recife é uma cidade que tem feito progressos na reconexão política e na deliberação entre forças políticas opostas.
Tijuana, México
Esta cidade ocupa a 18ª posição no ranking de criminalidade e possui um nível de violência classificado como “Muito Alto”. A criminalidade aumentou acentuadamente, suscitando preocupações significativas entre os residentes.
Em Tijuana, os cidadãos expressam grande preocupação com a possibilidade de suas casas se tornarem vítimas de roubo e danos materiais. O índice de roubos é alto e a segurança de seus veículos também é uma preocupação constante. Esta ansiedade traduz-se numa forte preocupação com a possibilidade de serem vítimas de agressões ou roubos em seu cotidiano. Outra preocupação que se destaca em Tijuana é o problema das pessoas que consomem ou traficam drogas. Isto pode estar relacionado com o aumento da criminalidade na cidade, uma vez que o consumo de drogas e a criminalidade andam muitas vezes de mãos dadas.
Lima, Peru
A situação apresenta algumas semelhanças com Tijuana, embora com algumas diferenças significativas. Lima ocupa o 19º lugar no ranking de criminalidade e caracteriza-se por um nível de criminalidade classificado como “Muito Alto”. As taxas de criminalidade registaram um aumento substancial, o que gerou preocupação entre os residentes.
A taxa de roubo é de 79,07%. Ao contrário de Tijuana, em Lima há maior preocupação em ser alvo de agressão física devido a características pessoais, como cor da pele, etnia, gênero ou religião. Isto indica que a discriminação e a violência associada são preocupações mais presentes no cotidiano dos moradores de Lima. Um dos pontos que distingue Lima é o problema da corrupção e do suborno, que se encontra num nível “Muito Alto”. Isto sugere que a corrupção na cidade é um desafio que deve ser abordado como prioridade.
São Paulo, Brasil
A situação apresenta uma mescla de desafios e alguns aspectos mais animadores. A cidade ocupa a 25ª posição no ranking de criminalidade e apresenta um nível de criminalidade “muito alto”. A violência aumentou nos últimos 3 anos, gerando preocupações entre a população. As principais preocupações dos paulistanos incluem a segurança de suas residências e a possibilidade de roubos e danos materiais. A taxa de roubos é elevada, e o receio de ser agredido ou roubado também é uma preocupação significativa.
Cidade do México, México
A situação revela um alto índice de criminalidade, ocupando o 31º lugar no ranking. A taxa de roubos é alta, com 75,05%, de acordo com o Índice Global. Nesta cidade, a preocupação em ser agredido fisicamente devido a características pessoais, como cor da pele, etnia, gênero ou religião, é moderada, e o nível de preocupação com insultos também é significativo.
Santo Domingo, República Dominicana
Santo Domingo, capital da República Dominicana, enfrenta um desafio significativo em termos de segurança pública. Com um índice de criminalidade que a coloca no 33º lugar no ranking global, a cidade enfrenta um nível de criminalidade classificado como “Muito Alto”. Nos últimos 3 anos, a criminalidade registrou um aumento de 75,77%, gerando sérias preocupações. Os números sugerem que os moradores de Santo Domingo estão preocupados com a segurança em seu cotidiano, com receios justificados de assaltos e roubos. Além disso, há uma preocupação moderada com insultos, destacando a importância de melhorar as relações interpessoais e a convivência na cidade.
Bogotá, Colômbia
Bogotá, capital da Colômbia, ocupa a 36ª posição no ranking global de criminalidade, o que a coloca na categoria de nível “Alto” de criminalidade. Embora não seja a cidade com o maior índice de criminalidade na região, Bogotá enfrenta seus próprios desafios quando se trata de segurança pública. Nos últimos 3 anos, a cidade registrou um aumento de 73,21% na criminalidade, indicando uma tendência preocupante. Os moradores de Bogotá demonstram preocupação moderada com a segurança de suas residências e a possibilidade de roubo e danos materiais. No entanto, a preocupação em ser vítima de roubos ou agressões é classificada como “Alta”. O problema da corrupção e do suborno também requer atenção contínua para fortalecer a confiança dos cidadãos nas instituições públicas e garantir a segurança da população.
Buenos Aires, Argentina
Buenos Aires, capital da Argentina, enfrenta desafios em termos de segurança pública. A cidade ocupa a 47ª posição no ranking global com um nível de criminalidade classificado como “Alto”. Nos últimos 3 anos, a criminalidade aumentou 77,28%, levantando preocupações significativas de acordo com dados do Índice Global. Os moradores de Buenos Aires estão preocupados com a possibilidade de roubos e danos materiais. Em termos de segurança interpessoal, os cidadãos de Buenos Aires têm uma preocupação moderada em serem insultados. Neste aspecto, a cidade demonstra maior tolerância e respeito em comparação com algumas outras cidades.
É encorajador ver que em Buenos Aires a preocupação de ser alvo de um ataque físico devido a características pessoais, como cor da pele, etnia, sexo ou religião, é “Muito Baixa”. Isto sugere que a discriminação e a violência associada são preocupações menores no cotidiano dos residentes.
O flagelo da corrupção também deve ser abordado de forma eficaz para manter a confiança do público nas instituições públicas e melhorar a segurança.
Quito, Equador
A capital equatoriana enfrenta desafios significativos em termos de segurança pública. Embora ocupe a 53ª posição no ranking de índices de criminalidade, o nível de criminalidade é classificado como “Alto”. Nos últimos 3 anos, a cidade registrou um aumento alarmante de 79,44% na criminalidade, destacando a necessidade de abordar essa preocupação crescente.
Além disso, existe uma preocupação considerável com o roubo de veículos e a segurança dos pertences do automóvel, apontando para a necessidade de fortalecer estratégias de vigilância e prevenção na área automotiva.
Santiago, Chile
A capital do Chile ocupa a 57ª posição no ranking de índices de criminalidade. Nos últimos 3 anos, a criminalidade registrou um aumento acentuado de 80,18%, destacando a urgência de abordar essa preocupação crescente.
A preocupação em ser vítima de roubos ou agressões é classificada como “Alta”, enfatizando a necessidade de melhorar as medidas de prevenção e resposta policial.
(Fonte: Gazeta Brasil)