Começo do ano já registrou 20 acidentes aéreos
Acidentes com aeronave marcaram o início de 2024. Segundo a assessoria da FAB (Força Aérea Brasileira) a instituição possui o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) cujo propósito é investigar as ocorrências aeronáuticas para prevenir que novos acidentes com características similares aconteçam.
A organização, por meio do site, tem divulgado na última década os dados que fazem parte das ocorrências. Segundo o portal de notícias, os casos mais frequentes foram causados por colisão com ave, seguido por falha ou mau funcionamento do sistema, colisão com fauna na sequência, excursão de pista, perda de controle e contato anormal de pista.
Em janeiro deste ano, foram 20 acidentes sendo seis classificados como ‘acidente fatal’, isto é, quando algum dos ocupantes morreu.
Neste mês, já foram registrados quatro acidentes em virtude de perda de controle e excursão de pista.
Segundo o Chefe do Cenipa Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, a entidade busca efetivamente a responsabilização e o aprimoramento de ferramentas que possam fazer da aviação brasileira mais segura.
A assessoria de imprensa da FAB ainda informou que, o método ‘sipaer’ desenvolve as atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos por meio de tarefas realizadas com a finalidade de evitar perdas de vidas e de material decorrentes de acidentes aeronáuticos pertencentes ao decreto (87.249/1982).
De acordo com a assessoria, A FAB possui em seu time uma equipe multidisciplinar com diversas expertises que exploram fatores humanos, fisiológicos, psicológicos, operacionais, meteorológicos e uma dinâmica que agrega médicos, pilotos profissionais geralmente da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), engenheiros das mais diversas áreas, pedagogos e demais necessidades que possam ser percebidas para levar respostas e transparência à sociedade. “Temos 15 cursos aqui no CENIPA e formamos profissionais cada vez mais habilitados com um nível de conhecimento equiparado às maiores companhias do mundo. Vale lembrar que, todos os acidentes são investigados no Brasil”, afirmou Moreno.
Moreno ainda destacou que, o processo de investigação começa com a coleta, passando pela análise de dados e terminando com a missão de relatórios. Segundo o Brigadeiro, a tecnologia do laboratório da Cenipa atualmente é de primeira qualidade com capacidade de elucidação dos casos. “Cada equipe tem um drone e o nosso lab data ou ‘caixa preta’ nos permite entender os fatores contribuintes para evitar novas tragédias. Mas o tempo de investigação depende da complexidade da ocorrência”, conta.
Ainda de acordo com o responsável, os profissionais da FAB são compostos por doutores formados pela ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). “Nosso time é formado por pessoas com uma formação e conhecimento de primeiro mundo com conhecimento em aerodinâmica e, portanto, sabem emitir laudos completos com base num estudo multifatorial. Fazemos de tudo para que a sociedade tenha o melhor produto em termos de aviação”, finalizou.
(Fonte: Jornal Dhoje Interior/Daniela Manzani)