Condenada pela morte do garoto Bernardo Boldrini é encontrada morta em presídio no RS

       Edelvânia Wirganovicz, uma das quatro pessoas condenadas pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi encontrada morta na manhã de terça-feira (22/abril) no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre. A Polícia Penal informou que a principal linha de investigação é suicídio.

        A detenta, que cumpria pena de 22 anos e 10 meses de reclusão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, havia tido a prisão domiciliar revogada em fevereiro deste ano e estava em regime semiaberto. Em 2023, uma decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre determinou que ela utilizasse tornozeleira eletrônica, devido à falta de vagas no sistema prisional.

        Edelvânia era amiga de Graciele Ugulini, madrasta da vítima, e também condenada pelo assassinato. Ela confessou participação no crime, ocorrido em abril/2014, no município de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, e indicou à polícia o local onde o corpo da criança havia sido enterrado.

        A morte de Edelvânia agora será investigada pela Polícia Civil e pelo IGP (Instituto Geral de Perícias), que irão apurar as circunstâncias do óbito.

        O caso Bernardo chocou o país em 2014. O menino desapareceu no dia 04/abril daquele ano, quando teria ido dormir na casa de um amigo. Após dias sem notícias, o pai, Leandro Boldrini, chegou a procurar ajuda em uma rádio de Porto Alegre para divulgar o desaparecimento. No entanto, 10 dias depois, o corpo do garoto foi encontrado em estado avançado de decomposição, enterrado às margens de um rio em Frederico Westphalen.

        O laudo do atestado de óbito indicava que a morte ocorreu de forma violenta, embora a causa exata não tenha sido determinada, segundo a família materna.

        Em 2019, o júri popular condenou os quatro envolvidos no crime: Leandro Boldrini, pai da criança; Graciele Ugulini, madrasta; Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele; e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia. Os três primeiros foram denunciados por homicídio quadruplamente qualificado — por motivo torpe, motivo fútil, uso de veneno e impossibilidade de defesa da vítima — além de ocultação de cadáver. Evandro foi condenado por homicídio simples e também por ocultação de cadáver.

(Fonte: Gazeta Brasil)