Coronel Nivaldo Restivo desiste de assumir cargo em governo Lula
Na tarde desta sexta-feira (23/dezembro), o coronel Nivaldo César Restivo, escolhido para assumir a Secretaria Nacional de Políticas Penais na futura gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, desistiu de ocupar o cargo, segundo nota divulgada.
O nome de Nivaldo foi anunciado para o cargo nesta quarta-feira (21/dezembro) pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino.
Coronel Nivaldo Restivo, 53 anos, foi chefe de gabinete do ex-secretário de Segurança Pública Mágino Alves. Além de Comandante-Geral da Polícia Militar, também comandou a Tropa de Choque, o Batalhão de Operações Especiais e a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias Aguia).
A crise envolvendo a indicação do coronel é a segunda polêmica em torno das escolhas feitas por Flávio Dino para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na quarta-feira, o futuro ministro desistiu da nomeação de Edmar Camata para o posto de diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), após a revelação de que o policial rodoviário defendeu em posts nas redes sociais a prisão do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, e a Operação Lava-Jato. A indicação havia aberto uma crise com aliados, principalmente do grupo de advogados Prerrogativas, crítico à Lava-Jato.
Restivo esteve presente na ação policial, conhecida como Massacre do Carandiru, na qual 111 detentos foram mortos, em 1992, na zona norte da capital paulista. Ele também já foi comandante-geral da PM paulista.
Eis a íntegra da nota do Coronel Restivo
Hoje, 23, conversei com o Ministro Flavio Dino. Agradeci exaustivamente o honroso convite para fazer parte de sua equipe.
Em que pese a motivação e o entusiasmo para contribuir, precisei considerar circunstâncias capazes de interferir na boa gestão.
A principal delas é a impossibilidade de conciliar a necessidade da dedicação exclusiva ao importante trabalho de fomento das Políticas Penais, com o acompanhamento de questões familiares de natureza pessoal.
Assim, reitero meus agradecimentos ao Ministro Flavio, na certeza de que seu preparado conduzirá ao êxito da imprescindível missão que se avizinha.
(Fonte: Gazeta Brasil)