Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado com apoio do PT e PL

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito, neste sábado (1º/fevereiro), o ‘novo’ presidente do Senado Federal para o biênio 2025-2027. Com 73 dos 81 votos possíveis, ele conquistou uma expressiva vitória, confirmando sua influência nos bastidores e sua habilidade em construir consensos.
Ao longo da votação, o Senado se mostrou unido em torno de sua candidatura, com exceção do Novo e PSDB, que não o apoiaram, e do Podemos, que liberou sua bancada.
David Alcolumbre, que já exerceu a presidência do Senado entre 2019 e 2021, durante a primeira metade do governo de Jair Bolsonaro (PL), destacou-se pela sua capacidade de articulação política, especialmente em momentos de grande tensão, como no início da pandemia de Covid-19. Naquela eleição, Alcolumbre obteve 42 votos. Agora, em seu 2º mandato, ele se mostrou preparado para enfrentar novos desafios e reafirmou sua prioridade em manter o Senado “soberano, autônomo e independente”.
Em seu discurso antes da eleição, o senador do Amapá fez questão de ressaltar a importância do respeito às prerrogativas dos senadores e reforçou a necessidade de retomar as comissões mistas, paralisadas desde um impasse com a Câmara.
“As comissões mistas são obrigatórias por mandamento constitucional. Suprimi-las ou negligenciá-las não é apenas errado do ponto de vista do processo: é uma redução do papel do Senado”, afirmou Alcolumbre, pedindo pela revitalização desses colegiados para a análise de medidas provisórias.
A eleição de Alcolumbre contou com o apoio de importantes partidos como PT e PL, que dividirão as vice-presidências da Casa. Eduardo Gomes (PL-TO) ocupará a primeira vice-presidência, enquanto Humberto Costa (PT-PE) assumirá a segunda. Com isso, a nova composição do Senado começa a se desenhar em um cenário de forte articulação entre diferentes forças políticas.
Em relação ao STF (Supremo Tribunal Federal), Alcolumbre também fez um recado claro durante sua candidatura, defendendo a independência do Senado e o respeito às decisões judiciais, sem comprometer a autonomia da Casa Legislativa.
Ao comunicar o resultado da votação, às 13h19, Pacheco deixou a cadeira e convidou Alcolumbre a assumir o comando da sessão.
(Fonte: Gazeta Brasil)