Dengue sorotipo 3 é identificada pela primeira vez em São Paulo
A cidade de São Paulo registrou o primeiro caso de dengue do sorotipo 3 na história da metrópole. A paciente, uma mulher de 48 anos na região do Itaim Paulista, Zona Leste, já se recuperou sem a necessidade de internação, segundo o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
De acordo com Zamarco, esse é o primeiro registro desse sorotipo na cidade, e a identificação ocorreu por meio de testes rápidos e análise genômica em casos suspeitos de dengue. A paciente, que não possui histórico de viagem recente, apresentou sintomas em 24/dezembro, buscou assistência de saúde, e não precisou ser hospitalizada.
Após a confirmação, a Secretaria de Saúde realizou ações de bloqueio, incluindo nebulização com inseticida na área ao redor da casa da paciente, visitas de agentes municipais para identificar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti em residências vizinhas e extensão dessas medidas para todo o distrito de Itaim Paulista, visando maior segurança.
Zamarco ressaltou que, tradicionalmente, 80% dos casos na capital são do sorotipo 1 e 20% do sorotipo 2. Com a identificação do sorotipo 3, aumenta o risco para pessoas que já tiveram dengue, visto que a segunda infecção pode ser mais grave.
“A preocupação é que, com a circulação de novos sorotipos, a população fique mais vulnerável à doença. Isso porque, quando uma pessoa se recupera da dengue, ela desenvolve imunidade apenas contra o sorotipo que contraiu”, explicou Zamarco à TV Globo.
A dengue é uma doença febril aguda que pode causar dor de cabeça, febre alta, dor muscular, dor nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, pode levar à morte.
Para prevenir a dengue, é importante eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, como água parada em vasos de plantas, garrafas, pneus e outros objetos.
(Fonte: Gazeta Brasil)