Em menos de 5h, três mães registram ocorrências contra os próprios filhos
Três mães procuraram o Plantão Policial entre a noite desta quarta-feira (1º/maio), e a madrugada desta quinta-feira (02/maio), para registraram boletim de ocorrência contra seus próprios filhos.
O primeiro caso foi registrado por volta das 22h20 quando uma aposentada, de 57 anos, declarou na delegacia que seu filho, há algum tempo, iniciou um relacionamento amoroso e desde então deixou de cuidar de seus dois filhos adolescentes. A mãe conta que o filho se “distrai” com a nova namorada e não cuida dos filhos. Que nesta quarta-feira, um homem foi até o apartamento onde ela mora e retirou seus netos de lá sem sua autorização.
A avó pretende solicitar a guarda dos netos judicialmente por entender que eles estão sendo deixados de lado pelo próprio pai, por isso resolver registrar ocorrência policial. O caso foi registrado como não criminal.
Ameaça
Minutos depois, por volta das 22h45, uma outra mãe registrou ocorrência contra o filho. Uma enfermeira, de 36 anos, registrou uma ocorrência de ameaça contra o filho, um frentista de 20 anos.
Ela contou na delegacia que viajou nesta quarta-feira para ir ao velório de seu avô, bisavô de seu filho. O filho não compareceu ao velório e por ela ficar chateada, ligou para ele perguntando porque ele não havia ido, tendo o filho injuriado a mãe dizendo “vai se fud…”, momento em que o padrasto do rapaz, marido da enfermeira, pegou o telefone para tentar dialogar e ele respondeu “vai tomar no … vai se fud…”.
O padrasto falou para o enteado vir até sua casa buscar suas coisas, uma vez que não queria mais que ele morasse na casa com o casal tendo como resposta “vocês vão pagar caro por isso”.
Por volta das 21h35, o frentista chegou em casa e começou a bater o capacete no portão da residência, exigindo que a mãe abrisse e o deixasse entrar. Com a negativa da mãe, o jovem voltou a ameaçá-los e ainda perguntou sobre a própria irmã de 12 anos, dizendo que ela ficaria sozinha no dia seguinte pela manhã. Mãe e filha ficaram assustadas com as ameaças, motivo pelo qual a enfermeira e o marido registraram ocorrência policial.
Violência doméstica
Durante a madrugada desta quinta-feira (02/maio), a Polícia Militar foi acionada para comparecer à rua Cora Coralina, no bairro Solo Sagrado, onde o filho estaria ameaçando a mãe. Chegando no endereço indicado, por volta da 0h15, a vítima, uma manicure, de 57 anos, relatou aos policiais que o filho, um desempregado, de 33 anos, é muito agressivo e nesta data quebrou abjetos dentro da residência e a ameaçou de morte. Que no momento em que os PMs chegaram ele estava na frente da casa, do outro lado da rua, com outros indivíduos.
Ao se dirigirem ao local indicado, os policiais notaram um indivíduo que tentou sair correndo, mas acabou contido, abordado e identificado. O desempregado alegou que a mãe está tentando prejudicá-lo, negou a versão da mãe e disse que tem problemas com o atual namorado dela.
O suspeito ainda relatou que está morando em uma edícula nos fundos desde que a mãe solicitou medidas protetivas contra ele. E nesta data apenas chutou a porta de sua própria residência.
A mãe novamente afirmou que o filho lhe ofendeu nesta data, disse que iria matá-la, lhe agrediu com um empurrão e danificou a janela do quarto dela, sendo que os PMs confirmaram a janela danificada.
Mãe e filho foram conduzidos para o Plantão Policial, onde foi possível verificarem vários hematomas nas pernas da manicure, causado em datas anteriores. A vítima contou que não tem namorado, apresentou uma medida protetiva de urgência contra o filho, mas foi constatado que ele não teria tomado ciência da medida judicial em seu desfavor. A mãe também diz ter ido até o Fórum pedindo para que o filho fosse internado, mas foi informada que não é possível internação compulsória.
Enquanto a ocorrência estava sendo apresentada, um homem chegou na delegacia se dizendo namorado da vítima. Questionada sobre ter ou não um namorado ela olhou para o homem e disse que ele não era namorado dela.
Todas as partes foram ouvidas, liberadas e o caso será deverá ser melhor investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).
(Fonte: Jornal Dhoje Interior/Danielle Molnar)