Em novo ciclo, seleção vacila na defesa e sofre pela falta de entrosamento
Depois da amarga eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022, a Seleção Brasileira voltou a campo pela primeira vez neste sábado (25/março). A retomada, porém, não foi animadora. Repleto de novidades, o Brasil perdeu por 2 a 1 para Marrocos, no Estádio Ibn Batouta, em Tânger, no Marrocos.
O amistoso serviu como teste para muitos jogadores. Apenas nove jogadores que disputaram o último Mundial foram convocados para enfrentar os africanos. No banco de reservas, quem dirigiu a Amarelinha foi o interino Ramon Menezes. Em meio a tantas caras novas, a Seleção sofreu com a falta de entrosamento.
O jogo começou com o Brasil dominando a posse de bola. A troca de passes, porém, não surtia efeito. Foram muitos toques para o lado e poucos passes objetivos para criar situações reais.
Já sem a posse, uma novidade. A Seleção de Ramon Menezes teve uma marcação mais agressiva. A equipe subiu as suas linhas e pressionou no campo de ataque. A estratégia, mais utilizada no 1º tempo, rendeu uma chance clara de gol, desperdiçada por Andrey.
Contudo, a tática acabou deixando muitos buracos entre o meio de campo e a defesa brasileira. Assim, quando Marrocos passou a acertar a ligação, complicou muito o jogo canarinho. Foram diversas bolas nas costas dos meio-campistas. Com atacantes habilidosos, os africanos deram trabalho aos defensores rivais.
Atrelado a isso, a Seleção sofreu com falhas individuais em momentos cruciais. No 1º gol, Rony deu um passe na fogueira para Emerson Royal, que se atrapalhou e perdeu a bola. No buraco deixado pelo lateral, El Khannouss entrou livre na área e tocou na medida para Boufal, que girou para cima da marcação e finalizou no cantinho para abrir o placar.
Já no 2º tento, Antony adiantou muito a bola na lateral e perdeu para Attiyat Allah, que cruzou para a área. Eder Militão furou ao tentar cortar e deixou medida para Sabiri. O meia, então, encheu o pé para decretar a derrota brasileira.
Em desvantagem, Ramon Menezes tentou lançar o Brasil para cima com a entrada de diversos atacantes. O técnico, porém, não acertou nas mudanças, já que o grande problema era a falta de criatividade do meio de campo. Assim, os sul-americanos encerraram o jogo com um monte de atacantes enfiados na área sem ninguém para acioná-los.
O início do novo ciclo, portanto, não anima os torcedores brasileiros. Contudo, é importante ressaltar que muita coisa ainda deve mudar para os próximos jogos, que devem ser apenas entre os dias 12 e 20/junho. A expectativa é que até lá a CBF encontre um técnico para tentar levar a Seleção de volta ao caminho das vitórias.
(Fonte: Gazeta Esportiva/Click: Fadel Senna)