O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Eduardo Tagliaferro, foi conduzido nesta quarta-feira (1º/outubro) a uma delegacia na Itália. Segundo seu advogado, Eduardo Kuntz, a medida tem caráter cautelar, restringindo a circulação do cliente, mas não se trata de prisão.

        “Chegando lá, ele poderá tirar cópia de todos os documentos, tomar ciência da restrição e será reconduzido para sua residência”, afirmou Kuntz ao Poder360.

         De acordo com informações preliminares, a polícia teria levado Tagliaferro para notificá-lo formalmente da decisão que o impede de deixar a cidade onde reside.

        Tagliaferro deixou o cargo no TSE em maio/2023, após ser detido por violência doméstica. Desde então, vive na Itália e passou a ser alvo de um pedido de extradição apresentado pelo ministro Alexandre de Moraes, após denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República).

         A acusação envolve o suposto vazamento de conversas de WhatsApp entre servidores do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE. Nos últimos meses, o ex-assessor ganhou destaque ao prestar depoimento no Senado, no qual afirmou que Moraes teria “direcionado investigações” relacionadas aos atos de 8 de Janeiro. O ministro negou as acusações e declarou que todos os procedimentos seguiram os trâmites legais.

        Em agosto, a PGR apresentou denúncia contra Tagliaferro por violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele já havia sido indiciado pela Polícia Federal em abril deste ano.

(Fonte: Gazeta Brasil)