Governadores de São Paulo e Goiás pedem desculpas a Israel por declarações de Lula
Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), realizaram um pedido formal de desculpas ao governo e ao povo de Israel por conta das declarações recentes feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O encontro entre os dois políticos conservadores e o presidente de Israel, Isaac Herzog, ocorreu nesta terça-feira (19/março) em Jerusalém. Posteriormente, está prevista uma audiência com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que os convidou para visitar o país.
O convite para a visita também foi estendido ao presidente Jair Bolsonaro, que não pôde comparecer devido à retenção de seu passaporte pela PF (Polícia Federal). Bolsonaro é alvo de uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.
No mês passado, o governo brasileiro se envolveu em um embate diplomático com Israel após declarações polêmicas de Lula. Durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, o presidente comparou as ações militares de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto perpetrado pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, quando milhões de judeus foram perseguidos e exterminados.
No mesmo dia das declarações de Lula, Netanyahu condenou veementemente o presidente brasileiro, afirmando que ele havia ultrapassado “uma linha vermelha” de forma “vergonhosa e grave”. “Trata-se de banalizar o Holocausto e tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, criticou Netanyahu, declarando Lula como “persona non grata” em Israel.
“Peço desculpas em nome do meu povo, dos brasileiros, pelas declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, ao desconhecer totalmente a história, fez uma comparação desastrosa, ofendendo o povo judeu”, afirmou Caiado durante o encontro com Herzog.