Homem morre ao detonar bombas na Praça dos Três Poderes em Brasília próximo à sede do STF
Na manhã dessa quinta-feira (14/novembro) o corpo de um homem de nome Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi retirado da Praça dos Três Poderes, cerca de 13 horas após a explosão de bombas que ele causou no local na noite de quarta-feira (13/novembro).
Na manhã dessa quinta-feira, equipes da Polícia Militar continuaram realizando varreduras na praça e no estacionamento de um dos anexos da Câmara dos Deputados, onde o veículo de Wanderley estava estacionado. Todos os acessos à região permanecem fechados.
Wanderley morreu após detonar artefatos explosivos em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), em pleno centro de Brasília. Minutos antes, ele havia acionado bombas em seu carro nas imediações da Câmara dos Deputados.
A PF (Polícia Federal) abriu um inquérito para apurar os detalhes do ocorrido, enquanto a Polícia Militar classificou o episódio como um “autoextermínio com explosivo” nas proximidades do STF.
Em entrevista, o major Raphael Brooke, porta-voz da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal), informou que o esquadrão antibomba ainda realizava varreduras no estacionamento da Câmara, onde o homem estava estacionado.
Segundo a polícia e testemunhas, Wanderley estava alugando um trailer no local. O major explicou que a prioridade foi a Praça dos Três Poderes, onde o corpo estava.
A área precisou ser liberada para que a perícia pudesse atuar com segurança, sem o risco de artefatos ainda presentes.
Em depoimento à Polícia Civil, o vigilante do STF, Nataniel Camelo, relatou ter visto o momento em que Wanderley colocou e acionou as bombas. Ele descreveu que o homem chegou à praça com uma mochila, colocou o objeto no chão, retirou um extintor e uma blusa da mochila, arremessando a blusa contra a estátua da Justiça.
Quando a segurança do STF se aproximou, Wanderley revelou os artefatos e ameaçou os seguranças, pedindo que não se aproximassem.
O vigilante também afirmou ter visto um objeto semelhante a um relógio digital, acreditando tratar-se de uma bomba.
Explosões simultaneamente
De acordo com o Boletim de Ocorrência, as explosões ocorreram quase simultaneamente, na Câmara e no STF.
O depoimento do segurança ainda descreve que Wanderley se deitou no chão, acendeu o último artefato e, com um travesseiro sobre a cabeça, aguardou a explosão.
O STF (Supremo Tribunal Federal) informou, em nota, que a Corte foi evacuada logo que foram ouvidas as explosões na Praça dos Três Poderes. Conforme informou o STF, os ministros foram retirados do prédio em segurança.
“Ao final da sessão do STF de quarta-feira (13/novembro), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF“, afirma a nota.
Ao menos duas explosões foram ouvidas na noite desta quarta-feira na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, centro de Brasília. Uma delas se deu em frente à estátua da Justiça, no STF (Supremo Tribunal Federal). O local foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança do STF.
Vídeos obtidos pelo Correio Brasiliense também mostram fumaça e vários sons de explosão em uma área usualmente movimentada entre a sede da Corte e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil foram deslocadas para a região e interditaram a área para varredura.
Com apelido Tiu França, Francisco Wanderley Luiz, foi candidato pelo PL (Partido Liberal) ao cargo de vereador do município de Rio do Sul (SC)
De acordo com testemunhas ouvidas pelo Correio Brasiliense, Francisco morreu após arremessar um explosivo na estátua da Justiça, em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ele teria jogado duas bombas, mas foi atingido por uma delas.
Tiu França no momento do fato estava vestido com uma roupa semelhante a de um palhaço e antes de executar os explosivos, ele anunciou pelas redes sociais que estava agindo daquela forma em um protesto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros do STF e os presidentes do Senado e da Câmara de Deputados.
*Matéria em atualização
(Fontes: Correio Brasiliense e O Globo)