Justiça mantém presa mãe que matou filho em Icém; laudo aponta ao menos 20 golpes

         A mulher, de 26 anos, que confessou ter matado o próprio filho, de 3 anos, no Centro de Icém, seguirá presa enquanto a investigação avança. Ela passou por audiência de custódia neste domingo (30/novembro), e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça.

        O delegado Victor Ramazzotti, titular da delegacia de Icém e responsável pelo caso, informou nesta segunda-feira (1º/dezembro), que a Polícia Civil já trabalha dentro do prazo legal para concluir o inquérito.

        “A prisão em flagrante foi convertida em preventiva. Agora nós temos o prazo de 10 dias para encerrar as investigações, com a juntada do laudo necroscópico, oitiva de testemunhas e do pai da criança”, afirmou Ramazzotti.

        O delegado também confirmou que o laudo pericial realizado no local do crime já foi anexado ao inquérito. Segundo ele “o perito identificou ao menos 20 golpes, na região do tórax, costas e alguns ferimentos nas mãos, que indicam defesa. A criança, quando foi atacada, chupava chupeta, que ficou ensanguentada. A mãe tapou a boca da criança para que ela não gritasse”, detalhou.

O homicídio

        A Polícia Militar foi acionada na madrugada de domingo (30/novembro), após a conselheira tutelar do município receber a informação de que uma mãe havia matado seu filho de 3 anos. No imóvel, localizado nos fundos de um terreno no Centro de Icém, equipes do Samu encontraram a criança já sem vida sobre a cama. Um canivete, que teria sido usado no crime, estava ao lado do corpo.

        A suspeita confessou espontaneamente aos policiais que havia matado o menino “por vingança”. Uma testemunha de 18 anos relatou ter recebido inúmeras mensagens e ligações da mulher antes da confissão. A suspeita afirmou ter ingerido bebida alcoólica e relatou que cometeu o crime após ser chamada de “psicopata” por pessoas próximas.

        Em interrogatório, ela admitiu que golpeou a criança com um objeto cortante enquanto ele estava na cama e, em seguida, tapou sua boca com a mão até que parasse de reagir.

        O caso segue sob responsabilidade da delegacia de Icém.

(Fonte: Jornal Dhoje Interior/Danielle Molnar)