Máfia do Apito: Inter trabalha para dividir Brasileirão de 2005 com o Corinthians

      O Inter decidiu levar adiante o projeto de ser reconhecido como campeão do Brasileirão de 2005 junto ao Corinthians. O clube atua nos bastidores e coleta documentos e depoimentos para apresentar à CBF. Há zelo em abordar o assunto. O Colorado considera um caso complexo e com alteração difícil, mas não impossível diante da sequência dos fatos.

         O tema ganhou força no Beira-Rio após o lançamento do do documentário “Máfia do Apito”, do SporTV e Globoplay, em setembro.

        O conselheiro Leonardo Aquino apresentou um pesiso ao Conselho Deliberativo do clube para pleitear o título na entidade. A provocação recebeu acolhimento dos colorados. O presidente Alessandro Barcellos deu permissão para o tema avabçar. 

        O Inter, apesar de ciente da dificuldade, trabalha em diversas áreas na coleta de material. Inclusive, com a colaboração de Fernando Carvalho, mandatário à época, que viveu os episódios. O clube junta evidências do período como base da argumentação. Os fatos passam por uma análise minuciosa dos jogos anulados de Inter e Corinthians.

        A tentativa é demonstrar que a arbitragem de Edilson Pereira de Carvalho – pivô do escândalo de manipulação de resultados -, não trouxe irregularidade nas decisões.

Dualib reconhece injustiça

        Em áudio reproduzido no documentário, o então presidente do Corinthians, Alberto Dualib, também reconhece que o título deveria ter sido do Colorado.

         “Ganhou, mas se não fosse a merda da anulação dos 11 jogos, nós estávamos fora. O campeão de fato e direito seria o Internacional”, disse Dualib.

        Quando o trabalho estiver concluído, os gaúchos apresentarão o material à CBF. O cuidado evita, inclusive, que se estipule prazo para a conclusão e posterior resposta.

        O pênalti não marcado em Tinga e a expulsão do volante no empate em 1 a 1 com o Corinthians no Pacaembu não está em debate. O objetivo de análise está nos jogos anulados. Os gaúchos reforçam que não pretendem que o Timão perca a conquista, mas que seja dividida.

Decisões similares

        O Paulistão de 1973 teve o título dividido entre Santos e Portuguesa. Na ocasião, o árbitro Armando Marques errou a contagem de pênaltis na final.

        Em 2010, a CBF reconheceu a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão (disputados entre 1959 e 1970) como os nacionais e equiparados ao Brasileirão.

         Há dois anos, o Atlético-MG teve homologado o título conquistado em 1937 como campeão brasileiro.

(Fonte: GE)