O efeito Lula na Bolsa e no dólar

     Desde que o resultado do 2º turno das Eleições foi divulgado na noite de 30/novembro/2022 com a vitória de Luís Inácio Lula da Silva (PT) cerca de R$ 3 bilhões de aportes de investidores estrangeiros já entraram na Bolsa brasileira.

     O fluxo positivo provocou a queda do dólar. Até a última sexta-feira (04/novembro), o dólar havia recuado para R$ 5,059 no fechamento do mercado à vista da B3, sendo o real, a moeda mais valorizada no mundo na semana passada.

     Segundo analistas de mercado, os convites para os economistas criadores do Plano Real, Pérsio Arida e André Lara Rezende, para integrarem a equipe de transição contribuíram para a valorização do real.

      Mas na segunda-feira (08/novembro), o dólar subiu 2,2%, a R$ 5,17 na B3, diante das indefinições sobre a equipe econômica do próximo governo e especulações sobre a pressão do PT para que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tenha uma participação na área econômica.

     Ou seja, no câmbio, haverá muita volatilidade nos próximos dias por causa das incertezas fiscais e dúvidas sobre quem comandará os ministérios da Fazenda e do Planejamento a partir de 2023.

      Na Bolsa, há mais confiança dos estrangeiros. De acordo com os dados da B3 foram registradas entradas de R$ 1,9 bilhão no dia 31/outubro, R$ 546,8 milhões em 02/novembro e outros R$ 497,7 milhões em 03/novembro.

     No mês de novembro, o saldo está positivo em R$ 1,04 bilhão, resultado de R$ 40,69 bilhões em compras e R$ 39,65 bilhões em vendas. No ano de 2022, saldo está positivo em R$ 85,18 bilhões.

      Desconfiado dos rumos do próximo governo, o investidor local pessoa física apresenta saída de R$ 186,2 milhões no mês e de R$ 3,87 bilhões no ano.

      Já os investidores institucionais (fundos) mostram saída de R$ 797,7 milhões no mês, e resgate de R$ 118,35 bilhões no ano, que migraram para investimentos em renda fixa por causa dos juros mais altos, segundo os dados mais recentes da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

     Em resumo, o tempo dirá qual tipo de investidor (estrangeiro ou local) se posicionou melhor para o próximo mandato do presidente Lula.

(Fontes: Isto É Dinheiro/br.msn)