“O Estado sou eu”: Deputado Federal Eduardo Bolsonaro compartilha montagem de Alexandre de Moraes

        O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilhou no sábado (1º/março) uma montagem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, caracterizado como o rei Luís XIV, governante francês dos séculos 17 e 18. A imagem foi acompanhada de uma legenda em francês, com a frase “L’État c’est moi” (O Estado sou eu), atribuída ao monarca, que fazia referência à crença de que o poder real vinha de Deus. A postagem está relacionada a um pedido de Moraes à PGR (Procuradoria-Geral da República), para analisar e emitir parecer sobre a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro.

        O caso começou a ganhar destaque após o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e o deputado Rogério Correia (PT-MG) solicitarem uma investigação criminal contra Eduardo Bolsonaro, acusando-o de promover reações contra o STF em parceria com políticos norte-americanos. A medida também pedia a apreensão do passaporte do deputado para interromper suas “condutas ilícitas em curso”. O STF então solicitou parecer da PGR sobre o pedido.

        Lindbergh Farias alegou que Eduardo Bolsonaro teria articulado com congressistas dos Estados Unidos a aprovação de um projeto de lei que visa proibir a entrada de autoridades de fora do país que violarem os direitos estabelecidos pela 1ª Emenda da Constituição dos EUA. Caso aprovado, o projeto poderia barrar a entrada de Alexandre de Moraes no país, devido às decisões relacionadas ao bloqueio das plataformas X (ex-Twitter) e Rumble.

        Eduardo Bolsonaro, por sua vez, publicou no X (ex-Twitter) que foi inserido “absolutamente do nada” nas investigações sobre os atos extremistas de 08/janeiro/2023. O deputado argumentou que o pedido para reter seu passaporte “viola princípios constitucionais”, o que poderia justificar a anulação do processo.

        O ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, também se manifestou sobre o pedido de Moraes, classificando a investigação como uma “perseguição implacável”.

(Fonte: Gazeta Brasil)