A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Rio Preto cumpriu nesta quinta-feira (17/agosto) três mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão na ‘Operação Pix’, deflagrada após o esclarecimento dos crimes de assalto, sequestro e extorsão de um idoso de 69 anos no dia 12/abril deste ano.

      Segundo o delegado Paulo Buchala, que esteve à frente de toda a investigação, foram quatro meses de trabalho. As equipes da DIG tiveram o apoio de policiais da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) e também do GOE (Grupo de Operações Especiais), que iniciaram as buscas pelos criminosos a partir de vídeos, câmeras de segurança, rastreamento de percurso e também do dinheiro roubado da vítima.

     “No momento em que ele (o idoso) estava chegando em sua residência com a motocicleta, teve a casa invadida por dois roubadores, com armas de fogo, anunciando o assalto. E a partir dali virou um terror na vida desse senhor. Ele foi levado para o interior da casa, foi amarrado e começou a ocorrer a subtração dos pertences pessoais. Durante as buscas no interior do imóvel, os roubadores notaram que ele tinha dinheiro e começaram a extorqui-lo, obrigando que ele fizesse várias transferências bancárias via Pix pelo aplicativo do celular. Foram transferidos via Pix para algumas contas o valor de R$ 4 mil”, contou o delegado.

Os momentos de terror continuaram

     “Não contente, os roubadores colocaram o idoso amarrado no interior do seu veículo, uma caminhonete. Colocaram os pertences dentro da caminhonete, com dois roubadores armados e ficaram rodando pela zona norte. Eles ficaram entregando alguns objetos em algumas casas que a vítima conseguiu recordar.

        Quando ele pensou que ia ser liberado, os roubadores que estavam no interior do veículo e outro que acompanhava à distância, começaram a exigir que ele fosse em bancos 24 horas para fazer transferências bancárias e saques.

      Ainda de acordo com o delegado da Polícia Civil, a vítima não conseguiu realizar as operações por causa do horário (já havia passado da meia noite e há um protocolo de segurança das agências nos caixas eletrônicos.

     Após ficar cinco horas nas mãos dos criminosos, a vítima foi deixada no bairro Eldorado. O prejuízo total, incluindo as joias levadas pelos bandidos, foi de R$ 50 mil. Todos os envolvidos no crime são jovens de 20 a 30 anos, com passagens criminosas.

      Uma curiosidade sobre o crime, ainda de acordo com o delegado, é que o terceiro envolvido já havia sido identificado. No dia 07/junho deste ano, ele estava fugindo dos policiais do 9º Baep com a moto da vítima, pelo bairro Distrito Industrial. O bandido tentou fazer uma ultrapassagem, mas foi atingido por um trem e teve as duas pernas decepadas. Ele continua internado no Hospital de Base, onde foi cumprido o mandado de sua prisão temporária. Quando o ladrão receber alta, será encaminhado para a cadeia.

Orientações

     O delegado Paulo Buchala orienta que as pessoas tenham cautela com os limites liberados em seus cartões de crédito. “Na realidade, a Polícia Civil tem um trabalho bem especializado e a gente procura orientar as vítimas a tomar cautelas, como não deixar muito dinheiro guardado dentro de casa, ter uma vida social sem ficar ostentando.  As pessoas devem ter limites baixos liberados nos cartões de banco, quando tiver necessidade de uso, pedir autorização momentânea para a agência, não ter diversos aplicativos bancários instalados no celular, é importante deixar apenas o que mais usa”, ressalta.

     “Muitas pessoas que foram vítimas ficam receosas, com vergonha de comunicar o caso para a polícia, mas tem que comunicar, tem que registrar o boletim de ocorrência para investigarmos o caso e se alguém foi vítima desse crime, deve ir na DIG em Rio Preto”, concluiu o delegado.

     A DIG de Rio Preto fica na sede da Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais), que fica na Avenida Domingos Falavina, nº 800, no Jardim Vale do Sol. O telefone é: (17) 3236-8844.

(Fonte: Gazeta de Rio Preto)